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De indefinições a lesão, veja os 7 motivos que põem em risco o sucesso do UFC 147 em BH

Jorge Corrêa

06/06/2012 06h01

Belo Horizonte está pronta para receber pela primeira vez uma edição do UFC, mas antes de o evento acontecer no próximo dia 23 no ginásio do Mineirinho, ele passou por tantos tropeços e azares, que é grande o risco de o show não ter o sucesso esperado.

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Tentando embalar nos bons números de audiência do reality show The Ultimate Fighter Brasil, o evento contará com as finais do programa, mas nem mesmo uma grande luta principal conseguiu ser marcada. A vendas de ingressos estão fracas e os torcedores vêm reclamando muito do evento nas redes sociais.

Então vou contar abaixo todos os contratempos que o UFC 147 teve – e terá – de enfrentar para ficar marcado na história do Ultimate – pelo menos de forma positiva.

Indefinição e mudança de local – Quando o evento começou a ser pensando no ano passado, a ideia original era que ele fosse realizado em São Paulo, mesma cidade em que o TUF Brasil seria gravado. Mas por conta de leis da capital paulista, ele acabou migrando para o Rio de Janeiro. Só que a realização da Rio+20 e a consequente falta de vagas de hotel fizeram ele ser mudado para Belo Horizonte.

Deixou de ser o maior UFC de todos os tempos – Tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro, a chance de a edição 147 ser realizada em um estádio de futebol era concreta. O Engenhão chegou a ser reservado para os combate. Com isso, o Brasil seria sede do maior UFC de todos os tempos, mas esse sonho também foi frustrado com a mudança para Belo Horizonte.

Perdeu a mais esperada revanche de todos os tempos – Com o evento indo para o Engenhão no Rio de Janeiro, Dana White marcou a aguardada revanche entre Anderson Silva e Chael Sonnen, valendo o cinturão dos médios do UFC. Mas com a mudança para Minas Gerais, a luta acabou migrando para o UFC 148 em Las Vegas

Mão de Vitor Belfort após passar por uma cirurgia

Lesão de sua principal estrela – Depois de todas essa mudanças, o UFC 147 ainda sofreu uma dura baixa de última hora, perdendo boa parte do apelo com o público brasileiro. A menos de um mês do show, Vitor Belfort acabou quebrando a mão durante um treino e foi cortado da luta contra Wanderlei Silva, depois de os dois terem sido técnicos do TUF Brasil. Ele foi substituído por Rich Franklin na luta principal do evento.

Card formado praticamente só com lutadores pouco conhecidos – Tirando Wanderlei Silva, Rich Franklin e Fabrício Werdum, o card de BH terá apenas nomes de pouco apelo, como Hacran Dias, Felipe Sertanejo, Miltinho Vieira e Iuri Marajó. A aposta é na proximidade que os lutadores do TUF Brasil possam ter conseguido com o público brasileiro.

Proximidade com edições bem sucedidas no Rio – Além de todos os contratempos citados acima, o UFC 147 ainda terá a enorme sombra do sucesso das duas edições do evento no Rio de Janeiro menos de um ano antes, shows com grandes nomes e que foram bem na venda de ingressos e na audiência de televisão.

Pouquíssimo apelo com público dos EUA – Com apenas dois norte-americanos (Rich Franklin e Mike Russow), o UFC 147 deve ser um dos maiores fracassos de venda de pay-per-view nos Estados Unidos. Além disso, ele ficou próximo de dois ótimos cards – 146 e 148. Os fãs de MMA por lá não vão pensar duas vezes antes de economizar esse dinheiro.

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