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Apadrinhado por Luciano Huck, Caldeirão estreia no UFC e põe a prova status de fenômeno

Jorge Corrêa

02/08/2012 06h01

Aos 25 anos e com apenas oito combates como profissional no MMA, o invicto Wagner "Caldeirão" Prado terá a oportunidade de estrear no UFC neste sábado e logo contra Phil Davis, um dos principais nomes dos meio-pesados do evento. Mas sua história não está apenas na luta, ela passa diretamente por um famoso programa de TV brasileiro.

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Wagner Prado em dois momentos no Caldeirão do Huck: primeiro recebendo seu Maverick 75 reformado. Depois, pagando a "prenda" do quadro, dançando vestido de drag queen

Ainda com apenas duas lutas no currículo, ele foi chamado ao Caldeirão do Huck, da TV Globo, em 2009, para participar do quadro Lata Velha, onde teve seu Maverick ano 1975 reformado. Mas não foi só isso que ele ganhou – depois de dançar vestido de drag queen. Apadrinhado por Luciano Huck, ele foi levado à academia da lenda Rodrigo Minotauro, no Rio de Janeiro.

"Além de arrumar o meu carro, eles perguntaram qual era meu sonho. Eu disse que era ser um lutador de MMA de sucesso Me falaram que era para eu continuar treinando, porque encontraria grandes lutadores", explicou Wagner ao site norte-americano MMA Junkie.

Natural de Campinas, no interior de São Paulo, ele acabou se mudando para o Rio de Janeiro, onde mora em um apartamento alugado pelos irmãos Nogueira para seus comandados.

"Depois de uma temporada, fizeram um convite formal para eu ficar no Rio de Janeiro, na equipe Nogueira. Já são quase três anos lá. Fico dois meses no Rio e um em Campinas. Desde o começo percebi o quanto seria difícil ser um lutador profissional."

Além de ter sido apadrinhado pelo programa de Luciano Huck, Wagner acabou ganhando também o apelido "Caldeirão". Não foi ele que escolheu, mas veio logo em seu primeiro treino no time Nogueira e em um sparring com nada menos que Anderson Silva.

Foto do amigo Guilherme Cruz, da Tatame

"Imagine a responsabilidade. Um lutador novato pressionando um campeão como o Anderson, com umas 30 pessoas assistindo. Quando ele perguntou meu nome, o técnico falou: 'É Caldeirão! É Caldeirão!'. Todo mundo começou a gritar isso e desde então, pegou."

Mas agora, essa história ficou para trás e ele precisa provar o status de fenômeno do MMA brasileiro. Com suas mãos pesadas, tem nada menos que sete nocautes em suas oito vitórias. "Quero entrar no UFC com o pé direito. Nunca faço segredo sobre minhas intenções quando vou lutar: sempre vou para nocautear."

"Sinto que é isso que os fãs querem ver. Prefiro ser nocauteado a perder por pontos, dou meu sangue por esse esporte. Wanderlei Silva é assim, ele dá tudo de si e me inspiro muito nele. Mesmo quando perdemos, temos de perder como guerreiros", completou.

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