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Na Grade do MMA

Há um ano, 1º UFC Rio colocava Brasil na história e no foco do evento com show da torcida

Jorge Corrêa

27/08/2012 19h13

Mesmo com o Brasil sendo um dos berços do maior evento de MMA do mundo, faz apenas um ano que o país assumiu uma posição de destaque dentro do UFC. Não que o país fosse renegado. Nem tinha como, com seus muitos lutadores de destaque, mas foi apenas com a primeira edição do UFC Rio, em 27 de agosto de 2011, que o Brasil se tornou um dos principais focos – o maior fora dos Estados Unidos – desde o boom do esporte na metade da última década.

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Depois de muitos anos de especulações e negociações, o UFC finalmente voltou ao Brasil ano passado depois de sua primeira passagem em 1998 – ainda no formato antigo e sob o comando dos donos anteriores. Mas não foi com qualquer show, o card foi escolhido a dedo para não decepcionar os fãs brasileiros, que finalmente poderia ver o evento ao vivo.

O script foi perfeito: muitos lutadores brasileiros no card, alguns estrangeiros renomados e, principalmente, ídolos do país. Rodrigo Minotauro, Maurício Shogun e Anderson Silva dariam conta do recado. Mas a verdade era que ninguém sabia qual seria a real reação dos torcedores, como eles receberiam um UFC em casa. Mas demorou pouco até a reposta vir.

O show que os brasileiros deram as arquibancadas da HSBC Arena, no Rio de Janeiro, foi algo sem precedentes. O próprio presidente Dana White não se cansou de dizer que nunca tinha visto algo como aquilo, a começar pelo ginásio lotado desde a primeira luta do card preliminar. O barulho feito para cara brasileiro que pisava do octógono era ensurdecedor, não era possível nem mesmo ouvir a tradicional apresentação de Bruce Buffer.

Três momentos foram emblemáticos:

1) A entrada de Paulo Thiago para a luta contra David Mitchell foi indescritível. Era o ginásio inteiro cantando alto e em uníssono o neo-hino Tropa de Elite, da banda Tihuana.
2) A atmosfera de empolgação e emoção que tomou conta do local com o nocaute de Rodrigo Minotauro sobre Brendan Schaub. Não eram poucas as pessoas chorando ao redor.
3) O êxtase com o show e o nocaute de Anderson Silva sobre Yushin Okami, A torcida promoveu uma verdadeira chuva de cerveja para quem estava próximo do octógono.

Essa era a reposta que o UFC precisava para se fixar de vez em terras brasileiras. Desde aquele histórico evento, a presença do Ultimate por aqui só cresceu. Em um ano tivemos mais dois shows e um TUF, já temos um terceiro UFC Rio marcado, além de outros dois planejados para São Paulo e uma segunda edição do reality show.

Não é pouco, é o maior crescimento que um país já viu para o UFC em um espaço tão curto de tempo. Agora é ver se outras praças conseguiram manter o show, pois o caminho está aberto para anos e anos do maior evento de MMA do mundo por aqui.

Pitaco do blogueiro: UFC em Las Vegas pode ser tradicional e bonito, mas nenhum lugar do mundo nunca vai ver a festa feita pela torcida brasileira. E já até estamos exportando esse ahow.


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