Anderson perto do fim após fratura

Não são tão raros os casos de fratura de tíbia em lutas de MMA, mas admito que nunca achei que veria uma ao vivo e, ainda mais, com Anderson Silva. Aos 38 anos, ele sofreu em sua segunda luta contra Chris Weidman a mais grave lesão da carreira, que já estava em sua reta final.

Antes mesmo de pisar no octógono para a revanche na luta principal do UFC 168, valendo o cinturão dos pesos médios, o brasileiro já vinha dando a entender que era grande a chance de parar de lutar. Agora, com essa fratura, o caminho entre o Spider e a aposentadoria deve ficar ainda mais curto.

O brasileiro passou por uma cirurgia no local onde sua perna quebrou e deve ficar mais dois dias no hospital em Las Vegas, em observação, antes de poder voltar para casa, em Los Angeles. O prognóstico de recuperação é de até seis meses.

Vejamos duas lesões similares. O jogador Ferrugem, da Ponte Preta, demorou cinco meses para voltar aos gramados. Já Corey Hill precisou de 13 meses fazer uma luta de MMA novamente. Até por conta do tipo de contato do esporte, é mais provável que o caso de Anderson seja semelhante ao segundo.

"Ele é um grande ser humano. Talvez ele ainda queira retornar, mas quem vai saber isso? Vamos ver o que vai acontecer. Não quero contar com ele fora [do UFC] e nem mesmo dentro nesse momento. O importante é ele passar pela cirurgia e ficar bem", disse o presidente do UFC Dana White.

Mas aos 38 anos vislumbrar uma recuperação de mais de um ano e tentar voltar a lutar depois de tanto tempo parado é algo bem complicado para um atleta em sua idade. Que sejam seis meses até ele voltar a treinar. É muito tempo para um lutador de sua idade e que precisa de ritmo.

Por tudo que já fez pelo esporte, Anderson já pode ter uma aposentadoria tranquila. Nem mesmo essa sequência de duas derrotas seguidas podem estragar sua história no MMA. Talvez essa lesão seja o empurrão que ele precise para admitir que chegou o momento de pendurar as luvas.