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Na Grade do MMA

Seis perguntas Fabrício Werdum

Jorge Corrêa

05/05/2014 12h14


Depois de quatro dias afastado do blog por conta de uma mudança – mas o amigo Maurício Dehò abasteceu muito bem o espaço – volto com um papo exclusivo que tive com Fabrício Werdum. O gaúcho está no melhor momento de sua carreira e não conseguiu esconder a empolgação com isso.

Na semana passada, além de ser confirmado como desafiante pelo cinturão dos pesados, ele foi anunciado como um dos treinadores do primeiro TUF América Latina ao lado do campeão Cain Velasquez. O reality show será gravado no México e os dois se enfrentam na decisão no UFC 180, em 15 de novembro. O evento, claro, será na Cidade do México.

Falamos um pouco sobre tudo isso, sobre o tempo que Velasquez estar há muito tempo parado por conta de uma cirurgia no ombro, como será lutar com a torcida toda contra (Cain é filho de mexicanos e muito identificado com país), e que tática utilizará para se tornar campeão. Mas começo com a principal motivação do brasileiro para essa luta.

Você já chocou uma vez o mundo ao vencer o Fedor Emelianenko em 2010. Você sempre assumiu que foi uma vitória surpreendente. O sentimento é o mesmo agora? A melhor sensação que já tive foi a de chocar o mundo quando eu venci o Fedor. Não tem como descrever aquele momento. E exatamente isso que quero sentir novamente. Sei que posso chocar o mundo mais uma vez. Sei que novamente sou o azarão, mas também sei exatamente como é bom vencer nessa situação. Isso me motiva muito.

Você apostará no jogo de chão ou na trocação contra o Velasquez? Não posso sair pensando em usar uma ou outra tática. Cain é muito completo para eu fazer isso. Então acho que preciso estar completo também. Mas levo uma vantagem em relação ao últimos rivais dele. Consigo trabalhar bem por baixo. Sou muito bom de costas, posso puxar para um triângulo, uma chave de braço, o que ninguém nunca tentou.

Você temeu que Cain ficasse mais tempo parado para se recuperar? Não achei que teria de esperar mais não. Se o UFC chamou todo mundo para o México, fez todos esses anúncios, é porque conversaram direitinho com o Cain e ele vai estar pronto. Não deve ter nenhum problema.

Acredita que leva alguma vantagem por esse tempo que o campeão ficará parado? Não acho que terei qualquer vantagem por ter lutado há menos tempo. É só ver que também fiquei um baita tempo parado e lutei bem, sem problemas. Velasquez é um cara muito bem preparado e tenho certeza que virá forte como sempre. Acho que isso não vai influenciar em nada.

Como será para você ter toda a torcida contra? Acho que vai ter um pessoal torcendo para mim. Vou levar minha mãe e minha esposa para ter alguém do meu lado (risos). Brincadeira, mas acredito que 90% estará do lado dele. Normal, já passei por isso. Os outros 10% é o pessoal que me acompanha nas transmissões. Espero que meu trabalho como comentarista ajude um pouco (risos).

O quão satisfeito você ficou com sua atuação na vitória sobre Browne? Eu mostrei de uma vez por todas que não sou mais só apenas um lutador de jiu-jítsu no MMA. Hoje em dia sou muito mais completo. Se precisar posso jogar no chão, posso ir para a trocação, posso fazer um jogo mais tático. Tenho certeza que agora sou uma preocupação para qualquer um na categoria, até mesmo para o Velasquez.

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