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Na Grade do MMA

De olho em 1º nocaute no UFC, Charles conta que era finalizador no futebol

UOL Esporte

26/06/2014 06h00

Por Maurício Dehò

As finalizações de Charles do Bronx são de encher os olhos: chave de panturrilha, triângulos, anaconda choke… E se dissermos que além de ter este ponto forte no octógono, o peso pena também era um finalizador quando tentou uma carreira como jogador de futebol. É isso o que o paulista do Guarujá contou, ao falar também sobre o seu duelo da madrugada deste sábado pelo UFC, na Nova Zelândia – lembrando que o fim de semana também tem um UFC nos EUA, na noite do mesmo sábado (leia mais abaixo)

Será que Charles era bom mesmo, ou é papo? Só desafiando Charles para uma pelada para saber. O fato é que o lutador brasileiro foi encorajado pelo pai a fazer testes e chegou até a tentar uma vaguinha no Santos, como camisa 9.

Mas, voltemos às lutas, porque Charles faz um combate fundamental. O paulista já foi cotado como uma das grandes promessas da categoria leve. Algumas derrotas o levaram ao peso pena, onde agora ele tem três vitórias e duas derrotas. Contra o japonês Hatsu Hioki, Charles tenta o segundo triunfo seguido, importantíssimo se ele ainda sonha ir longe de fato e ir para as cabeças.

Veja o que o brasileiro falou do UFC deste sábado e também do seu passado boleiro e da Copa:

Futebol, o sonho de menino:

Como a grande maioria das crianças brasileira, meu sonho era ser jogador de futebol. Meu pai me incentivava muito, me levava para testes em clubes… Até no Santos eu fiz. Alguns me chamavam, mas acabava que eu não ia sempre por algum motivo. Quando fiz 12 anos, comecei no jiu-jitsu com o Ericson Cardozo (treinador de Charles até hoje), me apaixonei pelo esporte e acabei esquecendo a ideia de ser jogador de futebol.

Jogava bem ou é só papo?

Eu jogava bem, era atacante, um típico camisa 9, matador. Deve ser por isso que me dei bem no jiu-jitsu, já que tenho que finalizar meus oponentes (risos).

A empolgação com a seleção?

Eu gosto do Fred, ele é matador mesmo. Acho que ele ainda vai deslanchar na Copa. Na Copa das Confederações, ano passado, foi a mesma coisa. Ele demorou para marcar e começaram a questioná-lo. Acho que, na hora do vamos ver mesmo, ele vai fazer a diferença. Aposto no Brasil campeão, com o meu companheiro de Baixada Santista Neymar arrebentando.

Luta em dia de um jogo do Brasil

Não estou pensando no jogo da seleção, meu foco é todo na minha luta, mas vou sair do octógono e correr para o hotel para assistir esse jogo. Espero que seja um dia de alegria completa para os brasileiros, com vitória no UFC e na Copa do Mundo.

Um desejo especial para a luta

O Hioki é um cara com muitas qualidades, mas estou ligado nas brechas que ele dá em seu jogo, tanto de pé como no chão. Acho que teremos uma luta muito bem disputada, com grappling e trocação. Estou confiando muito em minhas mãos, me sinto à vontade para sair na mão mesmo em pé. Quem sabe não sai o meu primeiro nocaute no UFC?

Sobre o blog

Saiba o que acontece dentro e fora do octógono, relembre as grandes histórias e lutas que fizeram o vale-tudo se tornar o MMA. Aqui também será o espaço para entrevistas, análises, debates, polêmicas e tudo que faz do MMA o esporte que mais cresce no mundo.
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