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Azarão? Minotouro evoca espírito do Pride em retorno e quer mais 6 lutas

UOL Esporte

24/07/2014 09h40

Veteranaços de MMA, os irmãos Nogueira já chegaram a um ponto da carreira em que praticamente falam mais sobre aposentadoria do que sobre lutar. Rodrigo Minotauro definiu: faz mais duas lutas e para. Rogério Minotouro, o irmão gêmeo, não vai imitar: quer fazer mais seis lutas e não tem problemas em ser um quarentão nos octógonos. Mas, para manter os objetivos, ele tem parada muito dura, já que volta depois de um ano e meio parado para enfrentar o embalado Anthony Johnson, quinto no ranking.

"Nunca parei para pensar em quando e como vamos parar. Mas eu ainda quero fazer cinco ou seis lutas. Eu me sinto bem, venho treinando muito bem", afirmou o baiano.

Nos números, Johnson é amplo favorito a vencer um Minotouro ainda questionado sobre seu físico, após várias lesões, e sobre sua técnica aos 38 anos. Mas o baiano sabe lidar com isso. Em entrevista ao blog, ele se mostrou mais ligado ao presente, à estratégia e ao final de preparação, que ao seu passado, mas admitiu que gosta de relembrar seus melhores momentos para chegar inspirado ao combate.

"Nessas horas o foco é na estratégia, mas antes a gente tem, que pensar no que já fez no UFC, no Pride e tantos eventos. Eu já enfrentei e venci gente tão boa quanto o Anthony Johnson. Lutei contra Overeem, Henderson, Shogun então é sempre bom levar esse espírito para a luta, mas sabendo que quando é hora de subir no octógono, temos de viver o presente", disse Minotouro.

O meio-pesado se disse recuperado da lesão nas costas e garantiu que teve uma reta final de treinos com 100% de sua forma física à disposição. A ideia é pegar todo o "hype" que se criou em torno do rival desde que ele voltou ao UFC – ele não perde há sete lutas – e reverter para ele próprio, para se tornar desafiante ao cinturão de Jon Jones.

"Eu me sinto muito bem para lutar, já vinha treinando muito duro e receber a notícia de que faria uma luta tão boa quanto essa foi ótimo. Enfrentar um cara como o Anthony Johnson, que vem num bom momento, é sempre bom. Ele é cotado para o cinturão, mas sei que com uma vitória eu posso reverter isso a meu favor. Vencendo, sei que fico numa boa posição na categoria", avaliou Minotouro.

Sobre o combate, em si, ele não fala abertamente sobre estratégia, mas tem armas bem conhecidas de todos para tentar vencer a força, a rapidez e a pressão que deve sofrer de Johnson. "Ele é um lutador que aceita a luta em pé, tem um repertório bom, com cruzados, golpes de vários ângulos… Mas por aceitar, me dá chance de estratégias para usar bem o meu boxe. Tudo vai depender de como a luta acontece, mas também sou faixa-preta de jiu-jítsu há mais de dez anos, então, se ele der espaço, vou finalizar".

Anthony Johnson teve duas passagens pelo UFC. Na primeira, acabou demitido depois de falhar na pesagem para o UFC Rio 2 e ser finalizado por Vitor Belfort. Ele foi para eventos menores, chegou ao World Series of Fighting e retornou ao Ultimate com seis vitórias seguidas. Desde então, venceu Phil Davis, um dos melhores em seu peso e manteve seu status de candidato ao cinturão. Johnson é 5º no ranking dos meio-pesados; Rogério não está na lista.

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