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Stitch, o 'funileiro do UFC', explica críticas e por que arriscou o emprego

Maurício Dehò

23/07/2015 07h57

É curioso ver como a saída de um rosto conhecido que só calça as luvas nos outros, mas não as veste no octógono, causou tanto rebuliço entre os seguidores do UFC. A demissão do cutman Jacob Duran, o Stitch, foi o assunto mais falado do MMA na quarta-feira, com diversos desdobramentos. O que começou como crítica ao acordo do Ultimate com a Reebok, que lhe afastou patrocinadores, caminhou para declarações pesadas sobre os culhões de Dana White e agora chegou ao momento das explicações.

Dana White não falou oficialmente, mas passou algumas horas respondendo de forma irônica – e muito pouco educada – a perguntas no Twitter criticando as últimas polêmicas do UFC. Já a própria Reebok achou por bem sair a público para explicar que não tem poder algum sobre a demissão de Stitch – jogando o problemão exclusivamente no colo do parceiro UFC – e o próprio norte-americano esclareceu o por que de ter colocado sua carreira em uma organização no qual trabalhava havia 13 anos fazendo bandagens e cuidando de cortes e sangramentos em risco.

"Eu estava tentando falar pelos cutmen e ser o líder deles para levar esse assunto (da Reebok) ao UFC. Nós não fazíamos ideia do que aconteceria. Não fomos sequer colocados na equação do patrocinador. E eu dependo muito dos meus financeiramente", disse ele, que acabou tendo de usar vestes sem menção a apoiadores desde que o UFC vetou os patrocínios individuais no UFC 189.

"De todos, eu seria o que perderia mais financeiramente. Mas eu estava falando por todos os cutmen. Mas o UFC basicamente falou que não havia nada para nós", explicou Stitch.

"Eu não disse nada errado. Dei minha opinião: nós, como cutmen, deveríamos ser compensados por vestir uma roupa da Reebok. Como podemos vestir e não receber? Para mim, não é correto. Mas acho que a reação dos fãs com tudo isso criou uma tempestade e o UFC não estava preparado para lidar. Eu tomei um tiro pelo time", concluiu o norte-americano.

Quanto à Reebok, o esclarecimento foi sucinto: "Fãs do UFC: não temos poder nas decisões do UFC sobre empregados e compensação aos lutadores. Nosso foco é prover o melhor material esportivo para lutadores e fãs."

Ah, e pra completar, já tem gente de olho no Stitch. E não é o Bellator. Ray Sefo, presidente do World Series of Fighting é quem mostrou interesse. "Somos amigos há anos. Agora que ele está livre… Queremos os melhores caras, e queremos um cara que saiba cuidar dos lutadores. Estou interessado em tê-lo com a gente".

Veja, em vídeo de 2012, o trabalho do cutman:

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