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Ronda é tão superior, que rival questiona futuro no MMA e critica o UFC

UOL Esporte

28/10/2015 13h32

Há atletas que são tão superiores aos seus rivais, que isso pode virar problema. Os anos de domínio de Michael Schumacher e Sebastian Vettel na Fórmula 1, por exemplo, nem sempre foram empolgantes. No UFC, Ronda Rousey é quem vem atropelando rivais e mantendo uma aura de invencível. Miesha Tate é sua grande rival – descontando Cyborg – e se vê tão 'prejudicada' por este domínio e pela política adotada pelo UFC, que já não sabe o que fazer da vida…

Miesha teve como grande problema recente o anúncio, com todas as letras, de que seria rival de Ronda Rousey. Seria a terceira luta entre elas, mesmo que ela tenha perdido as duas primeiras. Semanas depois, sem sequer citar seu nome, Ronda anunciou que lutaria com outra rival, Holly Holm. Elas duelam em 14 de novembro, na Austrália. A Miesha sobrou a decepção e muitas críticas: se ela não pode lutar pelo cinturão, o que fazer?

À ESPN, Miesha Tate – número 1 do ranking peso galo e embalada por quatro vitórias – questionou a organização: "Dana White diz que estou a uma luta do cinturão, e em outra entrevista, diz que estou há algumas lutas dele. Eu sigo vendo manchetes diferentes e não sei o que pensar. Tenho medo de que eles me coloquem para enfrentar as outras tops e a conotação seja: se elas me vencem é title shot, se eu venço, que venha a próxima. Acho que me colocaram como gatekeeper", disse ela, usando a expressão de lutadores que são como o grande teste para alguém garantir ter potencial de disputar um título – Urijah Faber e Chad Mendes são outros gatekeepers.

"Por um lado, é um bom 'título'. Mas é preciso haver uma luz ao fim do túnel. Senão, qual o meu futuro no esporte?", perguntou.

"Se não há a chance de eu lutar pelo título enquanto Ronda estiver com o cinturão, então eu não sei. Acho que preciso ver minhas opções. Não digo que vá me aposentar, mas é tenho que pensar sobre isso. Não digo que o UFC está fazendo 'bullying' comigo, mas se meu coração não estiver nisso, não posso seguir assim", completou.

Miesha vem de vitórias contra Liz Carmouche, Rin Nakai, Sara McMann e Jessica Eye. Todas foram por pontos.

Pitaco do blogueiro: Miesha Tate tem razão em ficar sentida com a forma com que o UFC tratou a sua saída para a entrada de Holm como rival. Do nada, a organização trocou as peças e, segundo Miesha, sequer a comunicou. Isso não se faz. Mas, exigir uma terceira luta, sendo já perdeu duas vezes para Ronda, quando há algumas (poucas) novas opções para a campeã, é algo difícil de se apoiar. Miesha até faz por merecer, mas, enquanto houver opções mais lucrativas para o Ultimate, é um tanto óbvio que vai ser jogada de escanteio. Ainda assim, Miesha é um nome conhecido, vende bem, e é uma carta que o UFC deixa na manga para usar quando precisar.

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