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Anderson coloca até McGregor em seu futuro. Mas o foco agora é luta em casa

Jorge Corrêa

30/03/2016 00h04


Ficou no passado a derrota para Michael Bisping. Agora, Anderson Silva já está focado em seu próximo combate para tentar sair de uma série de quase quatro anos sem uma única vitória no UFC. Em 14 de maio, em uma rara luta de três rounds, o ex-campeão dos médios vai enfrentar o jamaicano Uriah Hall, em Curitiba, no estádio do Atlético-PR.

Mas ele tem outros desafios em seu radar. Acreditem: ele pensa em enfrenta o campeão dos penas, Conor McGregor no futuro. "Acho que nunca pedi para enfrentar ninguém na minha carreira, mas [enfrentar o Conor] seria um desafio que gostaria de enfrentar para testar minhas habilidade marciais. Também queria fazer uma revanche com o Nick Diaz e com o Bisping, porque não gostei como nossa última luta acabou. Mas realmente vejo o McGregor como um grande lutador em pé, seria um grande desafio. Acho que seriam os três que gostaria de enfrentar, um sonho meu", disse, em entrevista ao blog.

Questionei se não seria uma diferença muito grande de tamanho, mas o Spider deu de ombros, já que o irlandês fez seu último combate entre os meio-médios (até 77kg), apenas uma categoria abaixo da de Anderson (84kg). "Como ele disse que enfrentaria qualquer um se fosse em condições iguais, poderíamos fazer essa luta em um peso casado. Quem sabe entre 80kg ou 82kg." Vale lembrar que Anderson tem 1,88m de altura e 1,97m de envergadura, contra 1,77m de altura e 1,88m de envergadura de McGregor.

Passado o furor desse desafio surpreendente, leia a entrevista completa com o ex-campeão.

Lutar em sua cidade (ele é nascido em São Paulo, mas criado em Curitiba)

A sensação é ótima, mas não muda muito. É legal lutar aqui, é bacana. Estou muito feliz de poder lutar no Brasil, principalmente na minha cidade, em Curitiba. A equipe está toda empolgada também, todo mundo preparado para desenvolver o treinamento que a gente precisa para essa luta.

Onde será a preparação

Logo depois da minha luta eu fui para a Tailândia, fique 20 dias lá, voltei para Los Angeles e vou terminar todo meu treinamento no Rio, na Team Nogueira. A preparação física será com o Rogério Camões.

Chegou a pedir para lutar em Curitiba?

Quando estava cogitada minha volta, o Lorenzo [Fertitta, dono do UFC] falou que poderia ser neste evento, mas não tinha nada certo. Acabou que aconteceu e estou feliz de poder lutar aqui. Logo depois da luta eu falei com o Giovani [Decker, presidente do UFC no Brasil], pedi a luta e aconteceu.

O que espera de Uriah Hall como adversário?

Ele é um grande adversário, duríssimo, casca grossa. Espero fazer uma luta ótima com ele. Tenho uma admiração muito grande por ele, é um garoto novo, com uma habilidade, uma capacidade muito boa de lutar em pé, muito técnico. Espero fazer uma luta boa bom ele.

Espera um duelo de estilos parecidos?

Se tem uma coisa que a gente é parecido é que temos a mesma etnia racial. Isso já é um grande passo para que a gente faça uma grande luta. Vamos aguardar. Ele tem uma habilidade em pé muito bacana, muito admirável. Eu vou ter bastante trabalho, mas é uma luta em que vou colocar em teste todas as minhas habilidades marciais, que venho desenvolvendo nestes anos.

Como foi o primeiro encontro que tiveram no UFC 168 em 2013?

Estivemos juntos, fomos rápido. Ele é um grande atleta, um garoto que merece todo o meu respeito por da a chance de eu enfrentá-lo nessa fase da minha carreira e testar minhas habilidades e os conhecimentos que vim adquirindo nos últimos anos. Espero que possamos fazer um grande espetáculo.

Como será fazer uma luta com três rounds

É uma luta mais rápida, só três rounds, estou acostumado na minha vida toda lutar cinco rounds. Não sei se teremos uma definição mais rápida por causa disso, será uma luta muito técnica e muito bacana de se ver, para quem entende de luta e sabe o que se passa exatamente ali dentro, será uma grande luta.

O que aprendeu com a derrota para o Bisping?

Não faria nada diferente. Acho que luta é luta, agora já passado, já passou . É fazer o que tem de fazer, que é focar na próxima luta. Não tiro nenhuma lição específica dessa derrota, aprendemos com todas as experiências que temos na nossa vida. É passado. Não fique bravo, eu não fico bravo. Esse é o segredo, não ficar bravo nunca. Mas é normal, falhas acontecem, todo ser humano é falho. Aconteceram algumas falhas, que espero que não aconteçam com outros atletas.

Sobre o blog

Saiba o que acontece dentro e fora do octógono, relembre as grandes histórias e lutas que fizeram o vale-tudo se tornar o MMA. Aqui também será o espaço para entrevistas, análises, debates, polêmicas e tudo que faz do MMA o esporte que mais cresce no mundo.
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