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Tamanho x Força: As chances de Anderson Silva contra Daniel Cormier

Jorge Corrêa

08/07/2016 16h58

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Como já falei em um post anterior, Anderson Silva foi incrível ao aceitar substituir Jon Jones e enfrentar Daniel Cormier no UFC 200, neste sábado. Mas ele terá a missão mais dura de toda sua carreira. Então, quais são as chances do ex-campeão dos médios vencer o atual dono do cinturão dos meio-pesados? Antigos rivais do norte-americano podem dar pistas.

A melhor chance que Anderson tem é mantendo a distância de Daniel. A maneira é simples – na teoria. O brasileiro é muito mais alto que o adversário. Cormier tem 1,80m de altura e 1,84m de envergadura, contra 1,88m e 1,97m do Spider, respectivamente.

Golpes longos, chutes frontais, diretos serão essenciais, pois tudo que Daniel vai querer é se aproximar. A principal arma de dele é o wrestling, modalidade em que até disputou os Jogos Olímpicos. Cormier é um mestre em se aproximar, grudar, derrubar e trabalhar o ground and pound. E é exatamente isso que ele vai procurar neste combate.

O campeão dos meio-pesados já teve dois tipos de experiência contra caras grandes como Anderson Silva. Contra Jon Jones (1,93m de altura e 2,15m de envergadura), ele não conseguiu impor a força de sua luta olímpica, apesar de ter conseguido derrubar seu arquirrival. Sempre que ele se aproximava, era golpeado e foi minando sua força e sua confiança. É esse caminho que Anderson precisa seguir.

No entanto, Cormier também já mostrou que é capaz de enfrentar caras grandes, como fez contra Alexander Gustafsson (1,96m de altura e 2,01m de envergadura). Ao invés de tentar abusar do wrestling como fez com Jon Jones, ele resolveu usar a mesma arma do sueco, a trocação. Daniel partiu para porrada para aproveitar sua segunda grande arma, o peso de sua mão.

Esse é outro pronto que Anderson tem de evitar. O Spider precisa estar com sua esquiva e seu queixo em dia. Afinal, vai enfrentar um meio-pesado (uma categoria acima da sua original) que já lutou muito tempo como peso pesado. É um cara com mãos poderosíssimas para sua atual categoria, com muito mais força que Anderson está acostumado a enfrentar nos médios.

O problema é que contra Michael Bisping o brasileiro mostrou que não está mais tão resistente a golpes. Contra o inglês, em fevereiro, ele sofreu dois knock-downs contra um cara que é famoso por não ter tanta potência nos golpes.

O resumo é: para ter alguma chance contra Daniel Cormier, ele precisa usar seu tamanho contra a força do adversário. Mais que isso, precisa ser técnico como em suas fases áureas. Se tirar algum dos seus golpes geniais da cartola, pode chocar o mundo e retomar o posto de maior de todos os tempos.

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