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Na Grade do MMA

Algoz de Ronda, Holm volta a ter futuro nas mãos da rival. Mesmo se vencer

Maurício Dehò

23/07/2016 07h08

Holly Holm parecia ter um longo reinado à frente no UFC quando deixou de cara no chão a maior estrela da organização, Ronda Rousey, no fim de 2015. Mas, a derrota para Miesha Tate, perdendo o cinturão peso galo, mudou tudo. Neste sábado, ela luta pela primeira vez desde seu primeiro revés na organização. E, mesmo que não tenha lutado desde aquele nocaute sofrido, Ronda passou a ter os próximos passos de sua algoz nas mãos, mesmo se Holm vencer.

Holly-Holm-vs-Valentina-Shevchenko-UFC-ChicagoEm Chicago, Holm terá pela frente a ucraniana Valentina Shevchenko, já ciente de que seu futuro passa pelo que Ronda Rousey decidir. Por quê? Por que Dana White prometeu à ex-campeã uma luta pelo cinturão se ela decidir retornar ao MMA. Atualmente, o título está nas mãos de Amanda Nunes, e Ronda poderia cortar livremente a fila para desafiar a brasileira.

Isso mostra a força que Ronda Rousey ainda tem dentro da organização, mesmo que seu retorno seja tão incerto quanto o de Georges St-Pierre (ou até mais, já que ela anda mais sumida da mídia que o canadense).

A ex-judoca ainda comanda as principais peças no "xadrez" da categoria galo, e controla o futuro não só de Holm, mas de Amanda, Miesha e todo o restante do plantel. Diante de sua derrota acachapante para Holly Holm, era de se esperar o contrário, mas a "lógica da grana" fala mais alto em favor de Ronda.

O fenômeno Ronda perdeu força com sua derrota, mas o fantasma da ex-campeã segue rondando a todas.

No octógono, Holm deve fazer um duelo de "trocadoras" com Shevchenko, já que é especialista em boxe e kickboxing e encara uma lutadora que também prefere a luta em pé. A ucraniana é ex-campeã mundial de muay thai e já venceu até a atual campeã peso palha do UFC, Joanna Jedrzejczyk, antes de fazer sucesso no MMA.

Combate perigoso, já que Shevchenko é experiente e tem pouco a perder, pelo tamanho do seu desafio e por vir de derrota contra a nova campeã Amanda Nunes. Holm, por outro lado, tem a carreira em jogo e sabe que um revés pode atrasar muitos as coisas para seu lado. Mas a ex-pugilista já viveu lá na nobre arte derrotas como a que teve contra Tate, e soube se recuperar bem.

Brasil no octógono

Além desta luta principal, outro destaque do card de Chicago está em uma luta de pesos leve. O brasileiro Edson Barboza, que vem de uma vitória importantíssima contra o ex-campeão Anthony Pettis e é sexto do ranking, enfrenta o ex-dono do cinturão do Bellator Gilbert Melendez.

O norte-americano faz seu primeiro combate desde que foi pego em antidoping – para substâncias proibidas que melhoram a performance artificialmente – e vem de duas derrotas seguidas, para Pettis e Eddie Alvarez.

Ainda não deve ser a luta que dará uma luta por cinturão para Edson Barboza, mas uma boa vitória o deixará na cara do gol.

Veja o card, que começa cedo, às 17h:

CARD PRINCIPAL
Galo: Holly Holm x Valentina Shevchenko
Leve: Edson Barboza x Gilbert Melendez
Pesado: Francis Ngannou x Bojan Mihajlovic
Palha (feminino): Felice Herrig x Kailin Curran

CARD PRELIMINAR
Galo: Frankie Saenz x Eddie Wineland
Pena: Darren Elkins x Godofredo Pepey
Meio-médio: Kamaru Usman x Alexander Yakovlev
Leve: Michel Prazeres x J.C. Cottrell
Meio-médio: Alex Cowboy x James Moontasri
Pena: Jim Alers x Jason Knight
Pesado: Luis Henrique KLB x Dmitri Smoliakov

Sobre o blog

Saiba o que acontece dentro e fora do octógono, relembre as grandes histórias e lutas que fizeram o vale-tudo se tornar o MMA. Aqui também será o espaço para entrevistas, análises, debates, polêmicas e tudo que faz do MMA o esporte que mais cresce no mundo.
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