Derrota de Jacaré é ruim para o Brasil, mas ótima para o UFC; entenda
Por Guilherme Dorini
Será que existe alguém mais feliz que o próprio Robert Whittaker após a vitória acachapante sobre Ronaldo Jacaré? Aposto que sim. Se a derrota de Jacaré foi como um banho de água fria nos brasileiros que esperavam há anos o lutador em uma disputa de título, o revés caiu como uma luva para o UFC. Nós explicamos.
Não é novidade que a categoria dos médios (até 84 kg) do Ultimate é uma das mais concorridas, com vários postulantes ao título e um campeão que ainda não fez uma defesa digna de cinturão. A fórmula é simples: quanto mais competitividade, mais descontentamentos acontecerão, seja por parte dos lutadores atrás de uma oportunidade melhor ou pelo lado dos torcedores, que têm suas preferências.
A questão é que o UFC já apanhava muito, de todos os lados, quando o assunto era o cinturão dos médios. E não falo só por não terem dado a chance ao brasileiro, mas pelo cubano Yoel Romero ainda não ter tido sua oportunidade, pela primeira defesa de Michael Bisping ter sido contra um cara que Dana White implorava para se aposentar e, agora, pela furada de fila de Georges St-Pierre.
Não que o UFC se importe com essas "pauladas" que recebe. Longe disso. A organização já deixou muito claro, ainda mais depois de sua venda, que não leva em consideração o merecimento ou opinião dos fãs para casar suas lutas. A nova dona WME-IMG quer reaver o dinheiro colocado no evento, mesmo que, para isso, tenha que casar lutas sem sentido algum apenas por dinheiro.
E, convenhamos, o UFC não faz a mínima questão de ter Jacaré como campeão. Ele não fala inglês, não tem apelo para liderar um pay-per-view e sequer é um sucesso (fora do octógono) dentro do próprio Brasil.
Então, para a organização, está tudo perfeito. Quer coisa melhor? Você continua com um grande lutador no plantel (ele renovou contrato antes de ser derrotado), afinal, é disso que o evento se trata, mas acaba com a pressão de ter que colocá-lo em uma disputa de cinturão e com a chance real de ter um campeão "indesejado".
Agora, a divisão dos médios ganha um rumo. Pelo menos aparentemente. Se havia alguma dúvida entre Jacaré e Romero, ela se foi. Neste momento, o cubano é o número um do ranking de maneira isolada, sem brechas para reclamações com a organização. Atrás dele estão: Luke Rockhold, Ronaldo Jacaré, Chris Weidman e, por que não, Robert Whittaker, mas nenhum com um apelo real para barganhar uma disputa de título.
Pode respirar mais aliviado, UFC!
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