Uma nova era: opção de Mousasi pelo Bellator aumenta alerta no UFC; entenda
Por Guilherme Dorini
Mais um passo foi dado rumo ao fim do monopólio do UFC no MMA. É verdade que isto ainda está muito distante de acontecer, mas a revelação de Gegard Mousasi, nesta segunda-feira (10), de que trocou a organização comandada por Dana White pelo Bellator, foi algo grande, que deve aumentar o sinal de alerta no Ultimate.
Mas Mousasi era um superastro do UFC? Não, mas é a primeira vez que alguém muito bem ranqueado na organização, na iminência de disputar um cinturão, abre mão desta oportunidade para trilhar outros caminhos. Em quatro anos sob contrato do Ultimate, o iraniano naturalizado holandês entrou no octógono 12 vezes, sendo apenas três derrotas e nove vitórias, as últimas cinco de maneira seguida, batendo nomes como Chris Weidman e Vitor Belfort.
Outros lutadores importantes já haviam feito o caminho agora confirmado por Mousasi (e ligado o sinal de alerta), como Ryan Bader, Phil Davis, Benson Henderson e Rory MacDonald, mas todos em situações diferentes. Bader e Davis já haviam atingido seus respectivos ápices nos meio-pesados do UFC, assim como Bendo, ex-campeão dos leves, mas que vivia uma fase irregular na organização, alternando vitórias e derrotas.
Por último, MacDonald, apesar de ainda ser um top três dos meio-médios, ter um potencial grande de crescimento e atingir um público importate para o UFC (Canadá), já havia lutado pelo cinturão da categoria, sem sucesso, assim como por uma nova oportunidade contra Stephen Thompson.
Mousasi fazia parte dos pesos-médios (até 84 kg) do UFC, considerada uma das mais disputadas (e confusas) da organização. O campeão é Michael Bisping, que fez apenas uma defesa de cinturão e não sobe ao octógono desde outubro do ano passado. Abaixo dele, estão Yoel Romero, Luke Rockhold e Robert Whittaker, que neste fim de semana venceu o cubano e conquistou o título interino, se credenciando para uma luta com o inglês. Mousasi, como número quatro do ranking, teria que fazer apenas mais uma luta para ter sua chance.
NOVA ERA?
Mas por que essa decisão deve ligar um alerta em Dana White? A escolha de Mousasi serve para mostrar aos lutadores que há vida longe do UFC. Antes intocável, a organização parece já não ser mais unanimidade entre os atletas, que começam tomar coragem para estudarem propostas de eventos rivais (leia-se Bellator, apenas) e, quem sabe, optarem por outro caminho.
Além dos lutadores já citados, alguns figurões ajudam nesta decisão, como Wanderlei Silva, Chael Sonnen, Tito Ortiz, Quinton Rampage Jackson, Matt Mitrione e Fedor Emilianenko – todos no plantel do Bellator, que ainda conta com Royce Gracie, primeiro campeão do UFC, como grande embaixador.
A organização comandada por Scott Coker, ex-presidente do Strikeforce, promete pagamentos semelhantes aos atletas, além de liberar a utilização de patrocinadores pessoais durante a semana da luta – o que hoje é proibido pelo Ultimate por conta do acordo milionário com a Reebok. A produção do evento também não deixa a desejar e vem sendo constantemente elogiada por lutadores e entendedores do assunto.
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