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Última chance? Weidman luta para se manter no topo e não ser "esquecido" no UFC

UOL Esporte

22/07/2017 04h00

Weidman terá mais uma vence para voltar a brilhar no UFC | Josh Hedges/Zuffa LLC

Por Guilherme Dorini

Chris Weidman vive situação extremamente desconfortável no UFC. Ex-campeão dos pesos-médios (até 84 kg) e responsável por acabar com o reinado de Anderson Silva, o norte-americano vive seu pior momento na carreira e precisa urgentemente de uma vitória se quiser continuar sonhando com o topo da divisão e não ser "esquecido" pela organização. Seu próximo desafio será contra Kelvin Gastelum, neste sábado (22), em Long Island, Nova York (EUA). Acompanhe todos os detalhes do evento no Placar UOL Esporte a partir das 17h (de Brasília).

Weidman, invicto até sua última defesa de cinturão – contra Vitor Belfort (2015) – , acumula três derrotas seguidas na organização. O que ainda conta a favor do All-American é que, além do histórico positivo, ele vinha desempenhando um papel satisfatório nas últimas três lutas antes de acabar nocauteado no octógono.

Weidman após ser nocauteado por Yoel Romero | Michael Reaves/Getty Images

Contra Luke Rockhold (UFC 194), Weidman vinha bem até o terceiro round, quando errou um chute rodado e deu brecha para o rival lhe derrubar, castigar e terminar a luta no ground and pound no assalto seguinte. Na edição 205, fazia uma luta equilibrada com Yoel Romero até o último round, quando sofreu com uma joelhada voadora do cubano e acabou na lona. Na última vez no octógono, até venceu o primeiro round contra Gegard Mousasi, mas voltou a sofrer com joelhadas (que viraram polêmicas no UFC 210) e também foi nocauteado.

Mesmo depois dos três tropeços, Weidman ainda aparece na quinta posição dos médios, apenas atrás do campeão interino (Robert Whittaker), Romero, Rockhold e Ronaldo Jacaré. Um revés para Gastelum dificilmente resultará em uma demissão do All-American – apesar de já ter acontecido com outros lutadores com a mesma sequência negativa -, mas o fará despencar no ranking. O problema é que ele já não teria mais forças para fazer lutas importantes e teria que pegar um adversário do segundo escalão, mesmo recebendo uma bolsa alta do UFC – cerca de 285 mil dólares (R$ 895 mil) por luta. Uma dor de cabeça para Dana White.

Weidman é muito maior que Gastelum | Josh Hedges/Zuffa LLC

E quais são as expectativas da luta? Apesar de Gastelum ser mais novo, 25 contra 33 anos, Weidman terá a faca e o queijo na mão para recuperar sua moral. Primeiro: Kelvin não é de fato um lutador do peso-médio, ele é um meio-médio (até 77 kg) preguiçoso, que enfrentou dificuldades para bater o peso em diversas oportunidades e foi obrigado a subir de divisão por Dana White. Ou seja, é muito menor (e mais leve) que Weidman, que tem 1,88 m e 1,98 m de envergadura, contra 1,75 m e 1,83 m do norte-americano com ascendência mexicana.

Além disso, o casamento de estilo de luta favorece Weidman. Apesar de Gastelum ter um bom jogo em pé, tendo inclusive nocauteado Belfort no UFC Fortaleza, sua defesa de queda terá que estar em dia, já que o All-American é um wrestler de alto nível dos Estados Unidos – além de ser um faixa-preta de Renzo Gracie, um dos melhores do mundo na arte suave.

Dito isso, chegamos a conclusão de que Chris Weidman é totalmente favorito no combate – e nem foi preciso citar que ele estará lutando em casa, já que nasceu e cresceu em Nova York. Como estará a cabeça do ex-campeão? Será que todo esse cenário atrapalhará seu desempenho? Ele ainda tem fôlego para buscar o cinturão da categoria? As respostas destas perguntas só teremos no fim do evento. O que sabemos é que essa pode ser sua última oportunidade para provar que tudo que fez no UFC não foi em vão.

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