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Na Grade do MMA

5 perguntas para Rodrigo Minotauro

Jorge Corrêa

08/04/2014 06h01


Acabou a espera. Nove meses depois de ser derrota por Fabrício Werdum com uma chave de braço que acabou fraturando seu cotovelo, Rodrigo Minotauro volta ao UFC para enfrentar o gordinho Roy Nelson na luta principal em Abu Dhabi, nesta sexta-feira – o card preliminar começa às 12h50.

Conversei um pouco com o peso pesado e ele falou, claro, sobre a possibilidade de parar de lutar aos 37 anos. Também conversamos sobre sua preparação e recuperação, além do seu impressionante trabalho com as franquias da academia Team Nogueira por todo o Brasil.

Essa pode ser sua última luta? Pensa em aposentadoria? Acho que meu futuro vai depender muito das minhas apresentações. Minhas duas últimas derrotas vieram para caras muito duros, o Werdum que deveria disputar agora o cinturão e o Frank Mir, que já enfrentou o Cigano pelo título. Não estou muito para trás na categoria, tenho muita coisa para apresentar ainda. Estou muito feliz com o que ainda posso atingir. Não penso em aposentadoria e não ligo para quem fala que eu deveria falar.

Como foi essa fase final de preparação? Por que viajaram tão antes para Abu Dhabi? Viemos 15 dias antes, conseguimos pegar pelo menos duas semanas de treino, uma mais pesada e essa agora mais leve. Foi bom pela aclimatação, tiramos o problema do fuso horário. Tive essa vantagem pela estrutura da Team Nogueira que temos aqui. Tentei simular o ambiente, porque a arena é aberta, então abrimos a academia. Mas para nossa surpresa está até fresco, não está calor como na luta do Anderson [Silva contra Demian Maia em 2011].

Em que você focou mais sua preparação para enfrentar o Roy Nelson? Trabalhei bastante a parte do boxe, para poder esquivar e conseguir entrar bem nas pernas e derrubar. Não posso ficar paradão. Também foquei no meu jiu-jítsu, que não conseguiu colocar em prática nas minhas últimas lutas. Cada adversário merece um treino específico, mas também fiz bastante cardio para aguentar os cinco rounds. Sei que isso é difícil, ainda mais nos pesos pesados, com nosso poder de nocaute, mas estou preparado se precisar.

Você está 100% recuperado? O trabalho abrindo as franquias da Team Nogueira atrapalhou em algo? Tive três meses e meio de preparação forte. No começo deste ano eu já não estava sentindo mais nada da lesão. Assim que marquei a luta, me afastei do trabalha das academias, parei de viajar para os lançamentos. De fevereiro para cá, fiquei apenas com os treinos, que era o mais importante.

Quando você parar, vai trabalhar como empresário ou como treinador? Eu gosto de fazer os dois, inevitavelmente estamos dando uma grande ênfase na nossa carreira pensando na parte de academia, abrindo novas franquias. Mas também não deixamos de ser professores, nós que escrevemos os programas, não deixa de ser treinador, em julho formamos 38 professores

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Saiba o que acontece dentro e fora do octógono, relembre as grandes histórias e lutas que fizeram o vale-tudo se tornar o MMA. Aqui também será o espaço para entrevistas, análises, debates, polêmicas e tudo que faz do MMA o esporte que mais cresce no mundo.
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