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Na Grade do MMA

Futuro do Brasil no UFC passa pelas mulheres

Jorge Corrêa

16/09/2014 06h01


O MMA brasileiro não passa pelo melhor de seus momentos dentro do UFC. Se poucos anos atrás tínhamos quatro campeões ao mesmo tempo, agora contamos apenas com José Aldo, nos penas, e nossos principais nomes passam por altos e baixos. Mas a reação pode estar mais perto do que imaginamos.

A grande apresentação de Jéssica Andrade no último sábado, no UFC Brasília, sobre Larissa Pacheco, deixou o caminho ainda mais claro: o futuro do Brasil dentro do Ultimate passa diretamente pelas mulheres.

O país está em grande fase nas categorias femininas, ainda mais se pensarmos na quantidade de lutadoras que temos nesse momento. Vou falar individualmente de cada uma delas para mostrar esse cenário positivo que deve culminar com uma disputa de cinturão muito em breve.

Amanda Nunes – Oitava do ranking peso galo feminino, é quem está mais próxima de disputar o título, resultado de duas vitórias em duas lutas no UFC, sendo ambas com nocautes no primeiro round. Aos 26 anos, deve conseguir seu title shot se vencer Cat Zingano, número 1 da categoria, no UFC 178 no final do mês. Isso se uma Gina Carano da vida não furar a fila.

Bethe Correia – Com boas atuações, uma carreira invicta no MMA em nove lutas – sendo três no UFC – ela conseguiu mexer com a campeã Ronda Rousey, ainda mais depois de vencer duas de suas pupilas. Ainda deve ter de fazer uma ou duas lutas até chegar ao cinturão, mas já ganhou a promessa de Rowdy de enfrentá-la no Brasil em um futuro próximo. Se ela ainda for a campeã, óbvio.

Jéssica Andrade – Estreou no UFC com derrota, mas contra a pedreira Liz Carmouche. Desde então, foram três vitórias seguidas, mas mais que os bons resultados, a paranaense está mostrando uma evolução impressionante. Ela própria assumiu que ainda não está pronta para lutar pelo título, mas já ficou claro que ela vem trilhando o caminho perfeito para isso acontecer.

Larissa Pacheco – Não se deixem enganar pela derrota do último sábado. Ela tem apenas 20 anos e era campeã do Jungle Fight. A estreia e contra uma rival muito rodada o maior evento do mundo deve ter pesado. Sem a pressão da estreia, tem potencial para superar a primeira derrota de sua carreira e brilhar no UFC.

Claudinha Gadelha – Primeira brasileira na recém-estreada categoria peso palha, já chegou ao UFC perto de uma disputa de cinturão. A dominante vitória em sua primeira luta deixou isso ainda mais claro. Agora, basta sair a primeira campeã do peso vindo do TUF 20 para saber o quão difícil deve ser o caminho da potiguar.

ADENDO: Cris Cyborg – Ex-campeã peso pena do Strikeforce, está em batalha aberta para chegar ao peso galo. Depois de dizer que morreria se tentasse esse corte, assumiu o desafio para finalmente ir para o UFC. Ela fica no final dessa lista por dois motivos: (1) Ninguém sabe quando ela vai conseguir descer de categoria e, em conseguindo essa façanha, (2) terá de superar as desavenças que teve com Dana White. Essa sua ida para o Ultimate é uma enorme incógnita.

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