Anderson coroa invasão brasileira em Las Vegas em noite perfeita do país

UFC 183

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Anderson chora no octógono, após vitória em volta ao MMA

Anderson comenta luta: "Em nenhum momento perdi o controle"

Thiago Marreta comemora nocaute no primeiro round

Thales diz que voltou às origens para apagar adversário

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Direto de Las Vegas

Desde a vitória de Junior Cigano sobre Frank Mir, em maio de 2012, é comum ver uma grande quantidade de brasileiros nas lutas importantes do país em Las Vegas. Mas o que tivemos neste fim de semana para a volta de Anderson Silva foi bem diferente.

O MGM Grand Garden Arena estava completamente dominado pela torcida brasileira. Se anteriormente era possível deduzir uma divisão meio a meio entre Brasil e Estados Unidos, dessa vez os compatriotas do Spider eram maioria. Não deixaram os norte-americanos puxarem gritos em nenhum momento.

Os cantos de "Uh, vai morrer", "Sou brasileiro com muito orgulho…" e "Brasil, Brasil" eram mais altos e mais frequentes. E nada como uma noite perfeita para o país dentro do octógono para coroar essa festa das arquibancadas.

A vitória de Anderson Silva sobre Nick Diaz foi a cereja do bolo do show que começou desde a primeira luta. O nocaute avassalador de Thiago Marreta sobre And Enz, com 1min56 de combate, já mostrava que o evento seria ótimo para os brasileiros.

A tônica da noite foram as viradas. Tanto John Lineker, quanto Thiago Alves e Thales Leites começaram suas lutas se complicando e até flertando com a derrota. Mas se o primeiro conseguiu reagir e venceu por pontos, os outros dois tiveram o segundo round como chave para suas vitórias.

Lineker deve ter feito sua despedida dos moscas com essa vitória sobre Ian McCall depois de tantos problemas com a perda de peso. Já Thiago Pitbull mostrou que pode voltar a assombrar os meio-médios após o nocaute com um chutaço no plexo de Jordan Mein.

Thales continua sua caminhada rumo ao topo do ranking dos médios. Não é para qualquer um conseguir cinco vitórias consecutivas depois de ser demitido do Ultimate. Contra Tim Boetsch, provou que se tornou um lutador completo, que agora sabe trocar bem, mas não esqueceu suas origens no jiu-jitsu. O norte-americano apagado no chão após um katagatame justo deixou isso claro.

O único porém do Brasil no UFC 183 foi exatamente a única luta entre compatriotas. Ildemar Marajó e Rick Monstro fizeram um combate chato, travado e fraco tecnicamente. Essa vitória de Ildemar, em decisão dividida dos juízes, foi a luta mais vaiada pela torcida no MGM.