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Na Grade do MMA

Cormier impõe condição para colocar cinturão em jogo contra Jones

Maurício Dehò

04/10/2015 11h10


Daniel Cormier venceu uma batalha épica contra Alexander Gustafsson no UFC 192. Luta de gente grande, em que bateu, tomou knockdown, superou uma possível fratura no pé e venceu apertado, por decisão dividida nos pontos. Agora, todos querem saber: quando é que ele vai rever Jon Jones e botar seu cinturão dos meio-pesados em jogo? Vontade, ele tem, é claro. Mas, o campeão quer impor uma condição.

Ele não aceita que a revanche seja em Nova York, local em que o MMA é proibido, mas o Ultimate agendou um evento para abril. Um combate lá seria como ter Jones como "mandante", ao lado de sua torcida.

"Por que eu deveria permitir que esse cara lute onde é confortável para ele? Não! Ele tem de ir onde tem de olhar as pessoas nos olhos e tenha de escutar a raiva que elas têm dele por conta de suas ações", disse Cormier, duramente, na coletiva de imprensa.

Jones nasceu no estado de Nova York, mas hoje mora e treina em Albuquerque. Foi nesta cidade em que ele se envolveu em um acidente de carro que o deixou em liberdade condicional. São 18 meses vigiado pelas autoridades, mas com liberdade para treinar e lutar.

"Eu acho que ao fim do dia, Nova York seria o único local em que ele seria bem recebido, sem ser alvo de torcedores críticos a ele. Ele é de lá. Então, eles vão recebê-lo bem. Assim como se me levarem para Lafayette, na Louisiana, torceriam por mim", adicionou.

Jones é o alvo preferido e mais propício para Cormier neste momento, até porque o atual campeão perdeu para "Bones" no passado. Seria a maneira de Jones retornar em alto estilo à organização, após ter o título cassado meses atrás.

Mas Dana White preferiu não cravar nada. Além de Jones, outro possível rival seria Ryan Bader, que venceu Rashad Evans neste sábado, no mesmo UFC 192. Glover Teixeira, que enfrenta Patrick Cummins em São Paulo, em novembro, também está na briga.

"Jones ainda tem algumas obrigações a cumprir. Então, eu não faço ideia do que vou fazer. Nós vamos voltar para o escritório e analisar o que acontecerá no futuro", limitou-se a dizer White. O dirigente elogiou Bader, mas indicou que o norte-americano ter falhado em nocautear ou finalizar um lento e apagado Evans pesaram contra ele.

Bader pediu sua chance pelo título: "Claro que quero a luta pelo cinturão. Mas, se Jones voltar e enfrentar Cormier, tenho gente na minha mente. Gostaria de me me recuperar daquela derrota e enfrentar Glover Teixeira. Seria uma luta interessante"

Para Cormier, o momento é de curar as lesões que sofreu contra Gustafsson. Ele machucou bastante o rosto, mas o mais grave é a suspeita de uma fratura no pé. Gustafsson foi ao hospital por precaução, mas sem gravidade. O sueco esperava arrebatar o cinturão para, como Cormier, ter uma revanche com Jones. Gustafsson foi o rival mais perigoso de "Bones".

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