Como foi - Em noite ruim para o Brasil, UFC Suécia dá aula de espírito esportivo e jogo limpo

Não há como negar que o MMA é um esporte muito duro no contato entre os atletas. É da modalidade, os atletas estão ali para golpear um ao outro. Mas a estreia do UFC na Suécia nesse sábado mostrou que, por mais que a agressividade esteja no DNA da modalidade, há muito espaço para o respeito entre os adversários.

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O UFC on Fuel TV 2 foi um exemplo, deu uma verdadeira aula de espírito esportivo e jogo limpo. Não só para o MMA, mas também para todas as modalidades esportivas.

Em dois combates do evento, os vencedores poderiam ter continuado batendo no rival já nocauteado – como muitas vezes acontece no MMA – mas preferiram parar.

Na quarta luta do card principal, apesar de toda a expectativa após seu bom combate no UFC Rio 1, o policial do Bope de Brasília Paulo Thiago acabou surpreendido no primeiro golpe que levou com apenas 42 segundos de combate. O afegão Siyar Bahadurzada acertou um golpe de encontro que desacordou o brasileiro. Poderia ter ido para cima, mas não foi. Em seguida, procurou ver a situação do Caveira, ainda caído no chão.

Já no penúltimo combate da noite, o norte-americano e veterano de guerra Brian Stann partiu para cima do italiano Alessio Sakara. No ground-and-pound, o americano acertou dois cruzados curtos, mas que apagaram o adversário. Vendo isso, ele próprio parou a luta, nem esperou o árbitro central interrompê-la.

Assim que isso aconteceu, o presidente do UFC, Dana White, fez questão de elogiar a postura de Brian Stann em sua conta no Twitter.

Stann is one of the classiest people on earth!!!

— Dana White (@danawhite) abril 14, 2012

Para o Brasil, essa estreia do UFC na Suécia não foi nada boa, a começar pelo nocaute relâmpago de Paulo Thiago que já foi citado acima. No card principal, Diego Nunes não foi páreo para o alemão Dennis Siver, que conseguiu se impor, mesmo com uma luta muito burocrática.

Na luta principal, Thiago Silva voltava após um ano de suspensão por ter adulterado um exame antidoping e todo esse tempo de inatividade cobrou seu preço. Com toda a torcida ao seu lado, o sueco Alexander Gustafsson dominou o combate nos três rounds e garantiu tranquilamente a vitória por pontos, em decisão unânime dos juízes.

Mais detalhes do evento no relato do parceiro Maurício Dehò:
>>"Caveira" é nocauteado em 42s em tarde de derrotas do Brasil no UFC da Suécia