Melhor boxeador do UFC, Cigano afia como nunca seu chão, mas quer manter jiu-jítsu "em segredo"

Direto de Las Vegas

Quando qualquer fã de MMA pensa em Junior Cigano, campeão do pesados do UFC, dificilmente não vai vir à mente a imagem dele boxeando dentro do octógono. Seus cruzados longos e seus uppers são uma marca registrada e ele já tem sete vitórias por nocaute no evento. Não há como negar que ele é um dos melhores boxeadores do MMA na atualidade. Provavelmente o melhor.

ENQUETE – Vote nos seus favoritos para o UFC 155: Cigano ou Cain?
>> Blog no Facebook: FB.com/NaGradedoMMA
>> Todas as notícias sobre lutas no UOL Esporte
>> Siga o blog no Twitter: @NaGradedoMMA

No entanto, durante a preparação para a luta deste sábado, contra Cain Velasquez, no UFC 155, o catarinense quis deixar claro que treinou muito jiu-jítsu. Mais que isso, conseguiu poucas semanas antes dessa luta sua faixa-preta da arte marcial criada pela família Gracie. Foi quase um recado para seu rival: "Não se preocupe que, se a luta for para o chão, estou mais que pronto."

Quem acompanhou, dia a dia, os treinos do lutador garante que seu chão nunca esteve tão afiado. Ramon Lemos, seu técnico de jiu-jitsu, disse ao blog que o campeão está parecendo uma maquina na luta agarrada. Mas aí vem a questão: será que um dia vamos ver tanta eficiência no octógono?

Com um boxe tão forte e quase infalível, Cigano dificilmente vai querer definir uma luta no chão. Ele está pronto para isso, mas nunca será seu jogo principal. "Não é frustrante não ver nosso trabalho na luta. Simplesmente, se precisar, ele vai usar muito bem. Ele está pronto para isso. Seu jogo de chão é perfeito para um lutador de MMA. Seja por cima, seja por baixo."

O desenho dessa luta está muito claro para todos, para Cigano, para Cain, para os fãs e até para Dana White. O desafiante vai mesmo partir para pôr a luta para baixo e o campeão vai tentar defender. Provavelmente vai conseguir. A questão é como o americano vai fazer esse ataque sem sofrer o contra-ataque. Ele sabe muito bem o peso da mão brasileiro.

"Ele vai tentar me jogar e vou nocauteá-lo de novo, podem anotar", previu o campeão, seguido por seu mentor e técnico de boxe, Luiz Dórea. "Ele está mais forte do que nunca. Está batendo muito pesado. Não consigo apostar em outra coisa que não seja o nocaute. Sem dúvida."

A aposta do blogueiro também é essa. Mais uma vez vamos ficar sem conhecer esse jiu-jítsu tão bom e que tanto seus treinadores falam. Mas seria interessante ver, pela primeira vez, o brasileiro ser desafio em um território longe de sua zona de conforto. Quem sabe neste sábado?