Jones e Cormier superam Sonnen x Wand no maior vexame da história do UFC
O ano de 2014 está oficialmente marcado no UFC pela série de confusões e brigas protagonizadas por importantes nomes do evento. Ou seja, um belo retrocesso depois de anos tentando vender o MMA e o próprio Ultimate como não violento. A batida frase "não brigue, lute" soa quase como galhofa nesses dias.
Na última segunda-feira, a quase dois meses de se enfrentarem de verdade no octógono, Jon Jones e Daniel Cormier se engalfinharam em uma cena digna de briga de rua ou de bar. A diferença é que eles estavam no lobby de um dos principais hotéis de Las Vegas e em um evento oficial de divulgação do UFC 178.
Dada a importância da luta entre eles – disputarão o cinturão dos meio-pesados do Ultimate – o local em que estavam, a quantidade de pessoas em volta e a intensidade dos golpes dados, essa briga já é um vexame maior do que o que aconteceu entre Chael Sonnen e Wanderlei Silva durante as gravações do TUF Brasil 3.
"Esse certamente não é um momento de orgulho para a organização. Esperamos mais de nossos atletas, especialmente destes dois cavalheiros, que são tão bem treinados e tem um alto nível de educação profissional. Suas ações claramente violam o código de conduta do UFC", resumiu Kirk Hendrick, diretor jurídico da franquia.
Com esses casos, o UFC começa a flertar com situações que tanto rebateu. Além do combate contra a violência, já citado acima, esse tipo de briga é comum no boxe e no WWE – aquelas famosas lutas de brincadeirinha que tanto empolgam os americanos.
É a brecha que os críticos do MMA precisam para voltarem com tudo e dizerem que (1) a modalidade incentiva a violência e (2) não passa de um teatro.
O exemplo errado já está dado, agora fica a missão de combatê-lo e mostrar que apesar da bizarra frequência desse ano, isso não será regra. Os lutadores devem ser punidos de alguma maneira, tanto pelo UFC quanto pela Comissão Atlética, o que não deve passar de uma multa. Mas uma posição rígida deve ser tomada.
O lado rentável – Dana White pode até repreender publicamente Jon Jones e Daniel Cormier pela briga, mas seus olhos também devem ter brilhado. Essa confusão será muito rentável para o evento. Agora, qualquer fã de lutas pelo mundo irá comprar o pay-per-view para ver a luta de verdade entre os dois em 27 de setembro.
Esse evento venderá muito, provavelmente terá números expressivos de audiência e de divulgação daqui para frente. No entanto, sempre terá a sombra dessa confusão pairando no ar.
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