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Antidoping surpresa vira crise diplomática, e faz Aldo colher urina 2 vezes

Maurício Dehò

12/06/2015 14h55

A colheita de uma amostra de urina para a realização de um exame antidoping surpresa virou uma bagunça durante a preparação de José Aldo para enfrentar Conor McGregor no UFC 189, em julho. Na quinta-feira, um profissional norte-americano se apresentou para a realização do teste na academia do brasileiro, mas foi flagrado sem visto de trabalho e acabou autuado pela Polícia Federal. Nesta sexta, agora com um brasileiro cuidando do processo, o campeão dos penas teve colhida uma nova amostra, que será analisada nos Estados Unidos.

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A confusão começou depois de Aldo já ter urinado em um pote a pedido de um coletor ligado à Comissão Atlética de Nevada, entidade que regulamenta os combates em Las Vegas, palco do duelo com McGregor – conforme relatou o Combate.com. A pedido do técnico de Aldo, Dedé Pederneiras, Cristiano Sampaio, diretor operacional da Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA), compareceu à academia Upper, onde treinam os lutadores da equipe Nova União. Mas, ao se descobrir que o coletor, Ben Mosier, não possuía visto de trabalho para realizar o trâmite, o norte-americano acabou autuado pela Polícia Federal. Ele recebeu uma multa e tem de deixar o país em oito dias.

Nesta sexta, um profissional indicado pela CABMMA foi à Upper para colher uma nova amostra, já que, sem a validade do trabalho do coletor, Aldo descartou a feita no dia anterior. O lutador, segundo sua assessoria de imprensa, já realizou a nova colheita, sob acompanhamento de um profissional credenciado pela Wada (Agência Mundial Antidoping).

Apesar da crise diplomática com o profissional que veio coletar as amostras de urina, o presidente da Comissão Atlética Brasileira de MMA, Rafael Favetti, afirmou ao blog que, da parte da entidade brasileira e da norte-americana, de Nevada, o trabalho foi de cooperação, para que a CABMMA assumisse o serviço e contribuísse para a realização do teste. Após a colheita, o material será enviado ao laboratório com que a Comissão Atlética de Nevada trabalha.

"A gente é parceiro demais da comissão de nevada e o que nos foi passado é que o que aconteceu foi em relação à pessoa que veio fazer a colheira do material biológico. Não teve problema com o Aldo. Tenho que afirmar que em nenhum momento, nem a equipe do Aldo, nem ele mesmo se negaram a colher a amostra", explicou o presidente da CABMMA, Rafael Favetti.

"Houve, por causa do incidente, uma ligação por telefone entre presidentes das comissões e resolvemos fazer uma parceria na hora. Dissemos: 'podemos ajudar mediante nossos procedimentos'. Eles foram adotados para a coleta, que foi conseguir um oficial credenciado pela Wada e pela ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) e utilizar o nosso material, que tem certa diferença do que foi trazido. O nosso é até mais rigoroso. O Aldo acabou fazendo um exame mais rigoroso ainda", disse o dirigente.

Segundo Favetti, o fato de Aldo não ter sido testado em um dia e ter colhido amostra no dia seguinte não traz alterações significativas em relação ao material e ao que se verá nos resultados dos exames.

Aldo e McGregor se enfrentam no dia 11 de julho, em Las Vegas, em luta que vale o cinturão dos penas, que é do brasileiro.

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