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Barão teve surra menor na 2ª luta, mas caiu com combo de 22 socos

Maurício Dehò

26/07/2015 11h53

Não deu para Renan Barão. Se alguém ainda imaginava que TJ Dillashaw teve uma noite dos sonhos no UFC 173, quando tomou o cinturão dos galos do brasileiro, agora se certificou de que não foi só uma noite e sim que ele vive uma fase dos sonhos. O norte-americano foi superior em todos os momentos e aplicou nova surra. E os números são interessantes. O campeão bateu menos, foi mais preciso do que na primeira luta e ainda fechou a conta com um combo de 22 socos – pareceu game de lutas…

Vamos às estatísticas – via Fightmetric. Se em 2013 Dillashaw aplicou 309 golpes, com 140 golpes significativos acertados, desta vez foram 212, com 115 pancadas certeiras. A maior diferença está no aproveitamento. O norte-americano foi mais preciso, com 54% de efetividade, contra 45% da primeira luta.

Barão, por outro lado, não conseguiu mostrar a evolução prometida. Conseguiu aplicar apenas 62 golpes de um total de 181, dois a menos que há dois anos. Lá, teve 64 golpes acertados e 273 lançados na primeira luta. A única melhora foi no aproveitamento, 34% contra 23%.

Dillashaw teve ótimo aproveitamento batendo na cabeça, com 71% dos golpes neste setor. Foram 16% no corpo e 12% nas pernas. Não houve quedas aplicadas na luta.

O mais impressionante do combate não foram todos esses números, mas a forma com que Dillashaw deu seu "fatality". Logo no começo do quarto round, ele aplicou uma saraivada de golpes. Um cruzado de esquerda no queixo de Barão balançou o brasileiro, e o campeão capitalizou, disparando socos de todos os jeitos, até o árbitro Herb Dean separá-los e decretar o nocaute técnico.

Só nestes 35 segundos de round, Dillashaw 35 golpes, acertando 22 no combo devastador.

Vale salientar que, na comparação das lutas, é preciso colocar as estatísticas em perspectiva, já que Dillashaw chegou ao quinto round com o brasileiro no primeiro encontro entre eles, enquanto desta vez a luta parou no quarto assalto. Ainda assim, o fato de Barão ter se perdido no round inicial da primeira luta e passar o resto do combate "no automático", sem chances de resposta, deixa claro que a coisa foi mais brutal em 2013. Desta vez, o brasileiro se manteve ativo, só não teve chances mesmo…

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