Gadelha provoca campeã: ‘não dorme à noite, sabe que perdeu para mim’
Bethe Correia tem a chance de ser a primeira brasileira campeã do UFC neste sábado, no Rio. Enquanto isso, outra lutadora do país luta para ganhar a chance de lutar pelo cinturão: Claudia Gadelha, que abre o card principal na HSBC Arena. A potiguar está de olho no outro título, o das peso palha da organização. E com um detalhe: ela já enfrentou a atual campeã, Joanna Jedrzejczyk, em um combate que muitos consideram que teve a vitória dada injustamente à polonesa.
O desafio de Claudia neste fim de semana é contra a estreante no UFC, mas veterana no MMA Jessica Aguilar. Mesmo com a rival só em 15º lugar do ranking, a expectativa criada pelo UFC é de que uma boa vitória da brasileira, líder da lista, resulte na revanche com Joanna. É tudo que a potiguar quer – e, de acordo com ela, que a campeã também deseja.
"Eu acho que vai acontecer, porque ela (Joanna) também quer. Tenho certeza de que quando ela deita no travesseiro, não dorme à noite, fica incomodada, porque sabe que perdeu a luta", provoca Claudinha, potiguar de Mossoró, de 26 anos, e cujo cartel mostra 12 vitórias e uma derrota.
"Eu ainda me sinto invicta, para mim, foi algo administrativo, erraram ao pontuar. Quem viu a luta, sabe que tomei um knockdown, mas voltei e briguei dois rounds. Ela ganhou 10 segundos da luta, e deram a vitória para ela", reclama ela, adicionando. "Ela faz um pouco de tudo, mas eu também faço. Acho que sou melhor em tudo que ela. Ela é completa, mas também sou".
A única derrota de Claudia, contra Joanna, aconteceu em dezembro. Para muitos – este que vos escreve inclusive -, a pontuação dos árbitros laterais foi injusta. Fato é que a polonesa saiu com a vitória, ganhou a chance de enfrentar a então campeã Carla Esparza e a partir daí virou uma estrela do UFC. Deu uma surra em Esparza, conquistou o título, construiu uma imagem carismática e até já fez sua primeira defesa, batendo Jessica Penne por nocaute.
A evolução de Joanna é notável, mas não chega a espantar a brasileira.
"Não acho que ela evoluiu tanto, acho que as adversárias que não estavam no nível dela. A Carla não sabe nada em pé, não sabe dar um soco. Para lutar com a Joanna, tem que trocar, fazer ela andar para trás. A Jessica Penne é boa, mas vinha de outra categoria, então, era outro jogo. A Joanna vai mostrar que evoluiu quando enfrentar as top da categoria. Eu a vi mais solta, mais tranquila, confiante, mas ela evoluiu como qualquer um, não tanto quanto se fala", analisou a pupila de Dedé Pederneiras e companheira de José Aldo e Renan Barão.
Barão, por sinal, foi uma das armas de sua preparação, já que eles estavam com calendário parecido – o conterrâneo de Rio Grande do Norte perdeu para TJ Dillashaw no último sábado. "A gente é muito amigo, muito irmão, se ajuda sempre", elogiou ela.
Claudia conta que fez um trabalho físico mais intenso, para otimizar sua performance e não perder o gás. A intenção é estar até o fim do terceiro assalto andando para frente. E, claro, manter o foco em Jessica, e não em Joanna.
"Todo mundo está falando sobre cinturão, e até o UFC deu a entender que se vencer serei a desafiante, mas meu foco está na Jessica", garantiu a número 1 do ranking peso palha. A norte-americana Jessica Aguilar tem 19 vitórias e quatro derrotas, vem de nove vitórias seguidas – incluindo uma contra Esparza – e foi campeã do WSOF.
Claudia poderia torcer contra Bethe para ser a primeira campeã do Brasil entre as mulheres, mas não liga para isso. Para ela, uma arquirrival de Ronda é quem tem esse título, e ver Bethe Correia como campeã também seria algo a se comemorar.
"Eu quero que o Brasil se encha de campeões, eu sou patriota, amo meu país, por mim todos os cinturões seriam do Brasil", disse ela, sobre o confronto Ronda x Bethe. "Não tenho a ambição de ser a primeira. E, para mim, Cris Cyborg é a melhor do mundo, pra mim ela é quem foi a primeira campeão mundial de MMA, então, por mais que eu conquiste o cinturão do UFC, já tenho uma número 1."
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