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Werdum prepara resposta aos críticos e revela 'porta na cara' em McGregor

Jorge Corrêa

02/01/2016 11h47

O campeão dos pesos pesados do UFC, Fabrício Werdum, já está enfadado de falar sobre um tema, quando justifica sua vitória sobre Cain Velásquez: a altitude do México. Na vitória por finalização sobre o ex-dono do cinturão, o norte-americano pareceu sentir o cansaço, e isso levou a uma revanche e à imagem de que Werdum derrotou um rival combalido, fora de seu auge. Em Las Vegas, palco que será o da revanche, ele ainda nos revelou que McGregor já tentou treinar seu time, mas foi "barrado no baile" (leia mais abaixo).

Sobre Velásquez, ele reclamou. "Muita gente falou que o Cain não era o mesmo, mas eu tenho uma prova de que não foi assim, o próprio técnico dele, o Javier Mendez, disse que ele estava em excelente forma física. Por que as pessoas falam da altitude, se ela é para os dois? Se a gente foi antes, foi uma estratégia nossa, ele deveria saber que no México tem esse fator. Eu lutei com o Hunt, sabia que era diferente, mas vou mostrar que isso não influenciou nada e que posso vencer de qualquer forma."

Para o combate em que unificou cinturões, Werdum ficou 45 dias no México, enquanto Velásquez não chegou a duas semanas de aclimatação. "Eu estava com mais vontade, ficando longe da minha família, gastei um valor bem grande, 50 mil dólares, com passagem para todo mundo, estadia, comida para 15 pessoas… Foi o maior investimento, não sou muito bom nisso, mas esse eu fiz direito."

Mas, segundo o brasileiro, a altitude não foi tudo. "Acho que na próxima luta ele vai ser o mesmo de sempre. No México, ele não deixou de andar pra frente, botar aquela pressão. Para mim, ele estava o mesmo, mas fui minando. É como um amigo diz: 'não sabia que a altitude cortava'. Ele saiu todo cortado, com vários pontos no rosto. Fui minando, sabemos que com os golpes a pessoa cansa mais. Se comparar com a tourada, por que eles vão minando o touro? Porque o touro é muito forte, então ele vai sangrando, cansando. Então, ele sentiu um pouco a altitude, mas tenho certeza de que não fui melhor que isso. Mostrei lá dentro que fui melhor que ele."

O UFC anunciou a revanche entre eles para Las Vegas, em fevereiro, acabando com as esperanças de este encontro acontecer no Brasil. Por um lado, é até vantagem. "Em Las Vegas é legal, porque tem um glamour. No McGregor x Mendes, vi que era um glamour diferente, olhava de um lado tinha o Schwarzenegger, do outro, o Mike Tyson. E essa luta vai me dar mais promoção aqui nos Estados Unidos, que ainda não sou tão conhecido."

O não a McGregor

Uma história interessante revelada por Werdum é que Conor McGregor, por meio do seu agente, teria pedido para treinar na Kings MMA, liderada pelo técnico Rafael Cordeiro, e que tem o gaúcho e Rafael dos Anjos como campeões do UFC.

"O Conor queria treinar 'com nós', mas não tinha menor possibilidade dele ficar lá. Imagina a gente ficar contra o José Aldo, que é nosso amigão. A Kings inteira está do lado dele. Quando vieram falar, 'tem como o Conor McGregor treinar com vocês?' Ficou só no tu-tu-tu, sem resposta", gargalhou Werdum.

O gaúcho não é nada fã do novo campeão dos penas, como mostrou a seguir. "Foi o manager dele que pediu para o Rafael (Cordeiro), que cortou na hora. Se ele treinasse um dia com a gente, não ia poder lutar, a gente ia quebrar ele todinho", riu o campeão dos pesados.

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