Maior algoz de Anderson tenta se reerguer em 7ª "pedreira" seguida no UFC
Por Guilherme Dorini
"Sabia que esse Chris Weidman não era tudo isso". Aposto que em algum dia, de dezembro de 2015 para cá, você já ouviu essa frase de algum amigo ou que até mesmo já passou pela sua própria cabeça. Mas não se deixe enganar pelos resultados do americano: a vida não anda nada fácil para o maior algoz de Anderson Silva no UFC. Sua luta contra Gegard Mousasi, neste sábado (5), no UFC 210, será simplesmente sua sétima "pedreira" seguida no octógono.
É bem verdade que ele vem de duas derrotas seguidas, número que nenhum outro lutador gostaria de ostentar em seu cartel, mas você já parou para olhar a sequência de combates de Weidman na organização?
Weidman chegou ao Ultimate com quatro vitórias em quatro lutas e conseguiu manter essa invencibilidade por muito tempo. Depois de cinco vitórias seguidas na organização, incluindo Demian Maia e Mark Muñoz, ele finalmente teve a oportunidade de disputar o cinturão dos médios (84 kg), contra ninguém menos que Anderson Silva, que reinava absoluto na categoria. O resultado todo mundo lembra: duas vitórias (nocaute e outra por lesão) e um novo campeão.
Na sequência, como todo campeão, precisou enfrentar os chamados tops da divisão (ouviu, Bisping?). E não pipocou. Primeiro, aguentou cinco rounds com Lyoto Machida, sendo declarado o vencedor por decisão unânime. Depois, teve outro brasileiro pela frente. Contra Vitor Belfort, foi dominante, precisando de menos de três minutos para nocautear o Fenômeno e manter o título.
O problema é que a categoria dos médios era/é uma das mais complicadas em termos de postulantes ao cinturão. E, depois de quatro duros combates contra brasileiros, Weidman sucumbiu. Mas não foi para qualquer um. Em dezembro de 2015, foi nocauteado no quarto round para Luke Rockhold, ex-campeão do Strikeforce e que vinha de quatro vitórias seguidas no UFC.
Ufa! Depois de ver sua invencibilidade cair e tirar um caminhão de pressão das costas, hora de um combate mais tranquilo, não? Nada disso! "Quem é o próximo da fila?" Foi assim que Weidman pensou.
O tiro, no entanto, saiu pela culatra. Em novembro do ano passado, subiu no octógono contra o cubano Yoel Romero, que já vinha pedindo passagem na divisão, e acabou nocauteado com uma joelhada cruel no terceiro round em Nova York.
Vale lembrar que, durante todo esse período, Weidman ainda sofreu com lesões, como já contamos neste post, quando o americano se preparava para enfrentar Romero.
O que fazer, então, para voltar a vencer no UFC? Pegar uma luta fácil, contra um lutador de menor expressão? Esse, definitivamente, não é o estilo de Weidman. Para seu retorno, aceitou um desafio contra Mousasi, número cinco dos médios e com quatro triunfos seguidos (Thales Leites, Thiago Marreta, Vitor Belfort e Uriah Hall), sendo três nocautes e apenas uma decisão unânime.
Mousasi tem como base o judô e kickboxing, aprimorando cada vez mais a sua trocação. Não será fácil para Weidman, mas, se vencer, reconquista moral na divisão e ganha o direito de pedir, adivinhem… Outra "pedreira" para continuar sua caminhada em busca de retomar o cinturão dos médios.
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