Jacaré e seu último passo para a disputa de cinturão do UFC
Não dá para negar que o peso médio é categoria do UFC em que o Brasil está mais bem servido de lutadores perto do cinturão. Anderson Silva campeão por muitos anos, Lyoto Machida acabou de disputar o cinturão e Vitor Belfort é o desafiante atual. O próximo da fila também é brasileiro e pode garantir seu lugar neste sábado.
Ex-campeão dos médios do extinto Strikeforce, Ronaldo Jacaré está a uma vitória de enfrentar o vencedor Chris Weidman x Vitor Belfort, luta que acontece em dezembro. Para isso, basta passar por Gegard Mousasi nesta sexta-feira, quando eles fazem a luta principal do UFC em Connecticut.
Com cinco vitórias consecutivas, sendo três desde que chegou ao UFC, o capixaba radicado no Rio de Janeiro sabe que está no caminho certo, mas contra o rival errado. Nessa conversa, ele não escondeu a frustração de enfrentar um amigo. Eles até lutaram no Japão, mas depois ficaram próximos e o brasileiro já ajudou o armênio a cortar peso em outros eventos.
Em um papo bem sincero, ele ainda falou seus prognósticos para a disputa de cinturão dos médios de 6 de dezembro, que pode definir seu próximo adversário.
Você mudou algo para essa preparação? Eu acrescentei o treinamento de muay thai com Pedro Rizzo, que é uma lenda. Vai ser muito importante porque o Mousasi é um trocador. De resto mantive meu trabalho de sempre na XGym.
O que mudou desde a primeira luta entre vocês? Acho que agora ele está melhor nas defesas de queda e eu estou mais forte fisicamente, mais técnico em pé e nos meus ataques para quedas. Nós dois evoluímos, os fãs podem esperar uma luta bem diferente e bem melhor que aquela [em 2008].
Como lidar com a proximidade e amizade? É sempre bom enfrentar um rival bem ranqueado, estamos em rota de colisão. Ainda não o vi aqui nos Estados Unidos e nem quero. Vai que resolvo ajudá-lo a cortar peso de novo? (risos). É complicado, mas é algo normal. Sabia que aconteceria um dia. Garanto que vamos lutar forte e eu vou firme para cima dele.
Mas pelo tom da sua voz, você não gostaria de enfrentá-lo… Se eu pudesse, não pediria essa luta mesmo. Mas é a vida, tenho de encarar como algo natural, tento não pensar nessa parte. Ele é top da categoria, eu sou top da categoria, então vamos trabalhar.
Você se sente mais pressionado por estar tão perto de disputar o cinturão? Minha pressão é por enfrentar o Mousasi, que é um cara duro para caramba. É a ordem natural das coisas. Eu trabalhei muito para conseguir esse meu ranking, venci caras duros no UFC, me credenciei para estar nessa situação. Então não tem pressão maior.
Qual é seu prognóstico para Belfort x Weidman? Quero que eles briguem muito, para eu ver bem a luta! (risos). Vitor tem qualidade para aniquilar qualquer um no primeiro round e isso pode acontecer. Mas acho que o Weidman vai vencer por pontos ou por nocaute no terceiro round.
Mas você pudesse escolher, qual dos dois você gostaria de enfrentar? O Vitor. Assim o cinturão ficaria no Brasil de qualquer jeito.
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