Topo

Na Grade do MMA

UFC Rio perde força na 2ª edição com madrugada na Globo e card sem Anderson

Jorge Corrêa

11/01/2012 06h03

Anderson Silva foi a principal estrela da primeira edição do UFC Rio, em agosto

(Post com o parceiro Maurício Dehò)

É inegável o sucesso da primeira edição do UFC Rio, em agosto do ano passado. Ingressos que se evaporaram, grande mídia dando um espaço nunca antes dado ao evento, recordes de audiência em TV aberta. Mas a segunda edição, que acontece neste sábado não estará tão quente e o blog agora analisa os motivos dessa "diminuição" entre os shows nos Rio de Janeiro.

– Horário bisonho: Para se adequar ao fuso dos EUA e não sofrer com a venda de pay-per-view por lá, o UFC colocou o início do card em um horário muito mais tarde do que os eventos esportivos no Brasil. O card preliminar começará às 22h30 e o principal à 1h da madrugada de domingo. Na primeira edição, começaram 19h e 22h, respectivamente.

– Globo "esconde" card principal: o primeiro UFC Rio contou com transmissão ao vivo de seu card principal inteiro em TV aberta. Na época, a RedeTV! teve as cinco lutas finais. Já a Globo, que agora detém os direitos, não deve fazer o mesmo. Apenas nesta quarta-feira o canal confirmou que iniciará a transmissão às 2h, provavalmente com as três lutas finais – Toquinho x Mike Massenzio, Vitor Belfort x Anthony Johnson e José Aldo x Chad Mendes.

– Sem Anderson Silva: O UFC Rio 2 terá dois importantes nomes do MMA brasileiro, José Aldo e Vitor Belfort, mas nenhum dos dois tem o apelo de Anderson Silva, principal lutador da primeira edição, que ainda contou com Minotauro e Shogun. Faltou um lutador de mais peso com o público, talvez até mesmo uma volta do próprio Anderson.

Maurício Shogun teve o ex-campeão dos meio-pesados Forrest Griffin como adversário no UFC Rio do ano passado

– Repetição de lutadores: Faltou criatividade para o UFC na hora de montar o card da segunda edição no Rio. Dos 20 lutadores que estiveram na HSBC Arena em agosto passado, seis estarão de volta (seriam mais dois se Paulo Thiago e Stanislav Nedkov não tivessem se lesionado). Os fãs chiaram muito sobre o isso nas redes sociais e o próprio Dana falou que isso não vai voltar a acontecer.

– Rivais fracos para brasileiros: Os lutadores da casa terão – na teoria – menos trabalho para sair com a vitória nesse UFC Rio. Se na edição anterior Shogun e Minotauro encontraram importantes rivais, como Forrest Griffin e Brendan Schaub, respectivamente. Dessa vez, nenhum dos adversários dos brasileiros salta aos olhos. Apenas Aldo pode ter algum problema, até por estar em uma disputa de cinturão.

– Falta de novidade: Não tem como comparar o peso dos eventos em relação à novidade. O primeiro foi a volta do UFC ao Brasil após 13 anos, o primeiro desde que se tornou um show gigantesco. Essa edição acontecerá menos de seis meses após a anterior, um intervalo pouco comum para o Ultimate em um mesmo lugar para shows fora dos Estados Unidos.

– Ingressos caros: Tudo bem que os preços são exatamente os mesmos da primeira edição, mas com a segunda edição acontecendo tão pouco tempo depois, os ânimos dos torcedores foram arrefecidos. As entradas mais baratas (R$ 275 inteira) acabaram rapidamente, só que ainda restam muitas outras que vão de R$ 1000 a R$ 1600. A organização não divulga a quantidade de ingressos disponíveis, mas há a preocupação de "clarões", o que raramente acontece no exterior.

Rodrigo Minotauro nocauteou da revelação dos pesados Brendan Schaub na edição 136 do UFC no Rio de Janeiro

***************************
Para quem quiser seguir o blog no Twitter dele ou no meu pessoal:
http://twitter.com/NaGradedoMMA
http://twitter.com/jorgecorrea_

Sobre o blog

Saiba o que acontece dentro e fora do octógono, relembre as grandes histórias e lutas que fizeram o vale-tudo se tornar o MMA. Aqui também será o espaço para entrevistas, análises, debates, polêmicas e tudo que faz do MMA o esporte que mais cresce no mundo.
Contato: nagradedomma@gmail.com

Blog Na Grade do MMA