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Encarada – Mais que cinturão, Diaz x Condit vale a volta da diversão entre os meio-médios

Jorge Corrêa

04/02/2012 06h01

Não há como negar que Georges St-Pierre é um dos lutadores mais completos do UFC e, até por isso, domina os meio-médios há tanto tempo. Mas agora, por conta de uma grave lesão no joelho, abriu espaço para a disputa do cinturão interino da categoria entre Nick Diaz e Carlos Condit neste sábado, no UFC 143, em Las Vegas.

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Mas se por um lado o torneio perde o carisma – principalmente com o gigante mercado canadense – de GSP, por outro o Ultimate reencontra a diversão e a emoção em uma disputa de titulo no peso. Se por um lado St-Pierre não dá chance aos seus rivais por conta de sua técnica muito apurada, por outro, também não faz os combates mais empolgantes.

(Momento sinceridade do blog: acho MUITO chata as lutas do GSP. É sempre o mesmo jogo de quedas e ground-and-pound morno. Até quando resolveu ir para a trocação contra o Jake Shield conseguiu não empolgar. Os golpes eram certeiros, mas pouco eficazes.)

Para esse retorno da emoção, não poderia ter dois lutadores melhores. Nick Diaz e Carlos Condit são daqueles caras que saem na porrada sem saber o que está pela frente.

Um dos bad boys do UFC, Nick Diaz é um veterano com apenas 28 anos. Além de estar em sua segunda passagem pelo Ultimante, já lutou no Pride e no Strikeforce, onde foi campeão. Com o queixo muito duro, não tem medo de levar socos. Com a guarda baixa, cansa seus rivais apanhando e contra-golpeia com muita eficácia.

Além desse poderio em pé, Diaz é um faixa-preta de jiu-jitsu de primeira de Cezar Gracie. Também tem importantes finalizações na carreira e se sairia bem no chão sem problemas.

Um lutador completo como esse poderia sair tranquilamente com o cinturão interino se o adversário não fosse Carlos Condit. Ex-campeão do WEC, torneio em que brilhou, não teve um bom começo no UFC com derrota para Martin Kampmann e vitória suada sobre Jake Ellenberger. Mas três vitórias impressionantes em seguida o colocaram na disputa.

Assim como Diaz, Condit também tem a trocação e o jogo de chão muito afiados, mas não trabalha com a guarda tão aberta. Seus golpes parecem ser mais potentes, o que pode complicar a vida de Diaz. Carlos também tem um preparo físico acima da média.

Não há como apontar um favorito nesse combate. Diaz leva vantagem na resistência aos golpes e na experiência, e Condit no preparo físico e na velocidade. Mas o que podemos dizer é que teremos uma disputa de cinturão dos meio-médios muito mais empolgante que as dos últimos anos.

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