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Estrategista, técnico de José Aldo comemora nova fama e diz que segredo é "muito estudo"

Jorge Corrêa

02/02/2013 06h01


Direto de Las Vegas (EUA)

Com dois campeões do UFC e um do Bellator, Dedé Pederneiras finalmente está ganhando o reconhecimento que esses resultado deveriam lhe trazer. Chefe da Nova União, time de MMA do Rio de Janeiro famoso por formar grandes, ele está em Las Vegas para a defesa do cinturão dos penas de José Aldo, neste sábado, no UFC 156.

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Com seu jeito sempre calmo, Dedé tenta não tenta aparecer mais que seus lutadores. Não grita no córner, não é espalhafatoso. Não se incomodou em conversar com o blog enquanto tomava café da manhã no hotel em que está hospedado.

"O [José Aldo] Júnior está muito bem. Ele agora está tirando peso, mas taticamente está pronto. mesmo com ele vindo de lesão, esperamos ele ficar 100% e começamos o treinamento normalmente. É como se nada tivesse acontecido", explicou Dedé sobre o acidente de moto que o campeão sofreu no ano passado, problema que o tirou do UFC Rio 3.

O maior exemplo dessa nova fama que Pederneiras foi ele ter sido indicado como melhor técnico do ano no Oscar do MMA, assim como a Nova União também ter concorrido como melhor academia de 2012. Nenhum dos dois ganharam – Rafael Cordeiro e a Cezar Gracie MMA Team levaram os prêmio – mas ele já pensa no prêmio no futuro.

"Claro que tendo três campeões nesse momento (Aldo e Renan Barão, no UFC, e Dudu Dantas, no Bellator) achamos que poderíamos ter vencido, mas normal. É voto popular, não somos tão conhecidos nos Estados Unidos e na Inglaterra, onde a maioria do pessoal vota. Mas não adianta chorar pelo leite derramado, temos de continuar trabalhando."

A fama de Dedé veio por conta, além dos títulos, da maneira com que seus comandados se comportam nas lutas. Os atletas da Nova União sempre tem uma consciência tática muito grande, dificilmente se desconcentram ou saem do plano de jogo previamente determinado. O culpado disso? Pederneiras.

Ele preferiu dividir os méritos com seus lutadores, mas explicou que a chave do sucesso é fazer a lição de casa, conhecer muito o rival. "Nós estudamos bastante todos os adversários, anotamos as principais armas e táticas. Também seguimos nossas estratégias sem mudar, o que tem dado certo. Vemos sempre juntos as lutas. Na verdade, eu vejo primeiro, anoto o que preciso, e depois vemos juntos. Assim vamos trabalhando."

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