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De olho em Ronda, Cyborg estreia no Invicta após doping e ida frustrada para o UFC

Jorge Corrêa

04/04/2013 12h45

Cris Cyborg está de volta depois de 16 meses sem lutar

A última vez que Cristiane dos Santos, a Cris Cyborg, pisou em um ringue para uma luta oficial foi em dezembro de 2011, mas ela finalmente volta a lutar nesta sexta-feira, no card principal do Invicta FC 5, evento que conta apenas com mulheres. Só que a parananese continua assombrada pelo doping, pelo fenômeno Ronda Rousey e por sua ida frustrada para o UFC.

Entenda tudo que envolve o retorno da maior lutadora brasileira de MMA depois de tanto tempo, contra a australiana Fiona Muxlow, que substituiu a lesionada Ediane "Índia" Gomes, rival original da brasileira no show que acontece em Kasas City.

Doping – Em sua última luta, quando nocauteou a japonesa Hiroko Yamanaka em apenas 16 segundos, Cyborg acabou sendo flagrada no antidoping, perdeu seu cinturão peso pena feminino do extinto Strikeforce e ainda pegou um ano de suspensão. Desde então, todas as provocações de possíveis adversárias passam pela acusação de que a brasileira sempre fez uso de esteroides anabolizantes. Ela já avisou que quer apagar essa mancha nos próximos anos.

Ronda Rousey – O mundo do MMA feminino queria ver a superluta entre elas, mas esse combate está muito distante de acontecer. Enquanto ela cumpria suspensão por doping, Cyborg viu Ronda monopolizar as atenções. A norte-americana impressionou por sua técnica na chave de braço e por seu carisma, se tornou o rosto do MMA feminino o que a fez chegar ao UFC e se tornar a primeira mulher contratada pelo maior evento do mundo.

Cyborg viu sumir todo o sucesso que conquistou com o grande público nesse período e ainda teve de ouvir de Rousey que estava fugindo dessa luta e usando a diferença de peso como desculpa (a americana luta até 61 kg e a brasileira até 66 kg). Enquanto esse combate não acontecer, será a maior sombra sobre Cris, que tem 12 lutas e 10 vitórias.

Longe do UFC – Com o fim do Strikeforce, Cris Cyborg chegou a ser contratada por Dana White, mesmo sabendo que sua categoria não seria criada nesse momento pelo Ultimate. O presidente disse que ela precisaria descer de peso, então ela preferiu acabar com o compromisso e seguir seu rumo dentro do Invicta, único grande evento que teria espaço.

Dana White não fechou completamente as portas do UFC para Cris, mas não ficou nada feliz com tudo que aconteceu e a criticou duramente. Se não descer para os pesos galo, provavelmente vai encerrar sua carreira sem lutar o octógono mais famoso do mundo.

Essa luta contra Fiona Muxlow será um recomeço para Cris Cyborg dentro do esporte. Se vencer, vai disputar o cinturão peso pena contra Marloes Coenen e se recolocar nos holofotes.

O Invicta FC 5 não terá nenhuma transmissão em TV no Brasil, mas quem quiser assistir, poderá fazê-lo no site do evento pagando US$ 9,95 (cerca de R$ 20). O evento ainda conta com a disputa de cinturão das categorias peso átomo entre Jessica Penne e Michelle Waterson, e peso mosca com Barb Honchak x Vanessa Porto.

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