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TUF Brasil 2 sofre no Ibope com abandono da Globo dentro de sua própria grade

Jorge Corrêa

04/06/2013 06h01

Werdum e Minotauro foram os técnicos da segunda edição do TUF Brasil
Toda estreia, toda primeira edição, todo lançamento já sai na frente por conta do ar de novidade. Ser a primeira vez já é uma auto-propaganda que o reality show The Ultimate Fighter Brasil soube aproveitar no ano passado. Mas o programa estreante teve um grande empurrão da TV Globo, o que não aconteceu nesta segunda temporada. E isso se refletiu na audiência.

Claro que o segundo ano de uma série de sucesso nunca repete os mesmos números de Ibope, mas a queda do TUF Brasil nas noites de domingo foi muito brusca.

No ano passado, o programa deu um fabuloso resultado 15 pontos em sua estreia e os episódios seguintes variaram entrem 10 e 12 pontos no Ibope. Já nesta segunda temporada, três capítulos deram entre 10 e 11 (incluindo os dois primeiros com as lutas preliminares) e todos os outro ficaram estagnados em 8 pontos.


Foi uma perda de cerca de 30% de telespectadores em média, ressaltando que a pontuação do Ibope mudou em relação a 2012. No ano passado, cada ponto era equivalente a 58.300 domicílios sintonizados. Em 2013, a pontuação equivale a 61.952 casas na Grande São Paulo.

Exposta essa mudança de audiência do TUF Brasil, da primeira para a segunda temporada na Globo, levanto quatro grandes motivos para essa queda.

(UM) É o mais óbvio e que já pincelei no começo. Simplesmente perdeu o ar de novidade, não é mais o primeiro. Uma queda é normal. Nem todo mundo que viu o primeiro se interessou em ver o segundo. Simples assim.

(DOIS) Para mim, o principal motivo para a queda. A TV Globo abandonou o TUF Brasil dentro de sua grade. Não teve um quadro no Fantástico como no primeiro, com a Sandy, não teve reportagens e vídeos em outros programas da casa, reduziu drasticamente o número de chamadas nos intervalos comerciais – em 2013 quase sempre foram spots curtos e centralizados no fim da semana.

O canal simplesmente não criou burburinho em torno do programa como no primeiro, não fez o buzz necessário, não criou hype o suficiente sobre o TUF Brasil. Não consegui uma resposta oficial – e provavelmente nunca saberemos – se essa mudança de postura foi proposital, se acreditaram que o sucesso do primeiro seria suficiente para alavancar o segundo. Isso deve ser repensado para o ano de 2014.

(TRÊS) Simplesmente o programa não decolou porque não foi tão bom quanto na primeira temporada. Os personagens não colaram, as histórias não empolgaram o público, o trabalho de edição não foi tão bom. Problemas que qualquer série – ou novela, até mesmo – pode passar. Nenhuma trama é infalível, ainda mais com algo que é gravado e fechado inteiro antes mesmo de ir ao ar.

(QUATRO) Atualização do post: Tinha esquecido esse quarto motivo, que tanto reclamei no começo na temporada. O programa foi jogado para depois da série Revenge a partir do quarto episódio, ou seja, passou a começar entre 23h50 e 00h. Muito complicado começar tão tarde para quem trabalha na segunda. Não esse motivo não está acima porque a diferença final para o ano passado foi de, no máximo, 30min, já que o Fantástico terminava um pouco mais tarde em 2012.

Tenho críticas pontuais ao trabalho de edição do TUF Brasil 2, mas fica para um post nos próximos dias.

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