UFC inova e ressuscita treino aberto com show de rock

Post com o parceiro Vinicius Castro

Apesar de ser uma das marcas das semanas de lutas do UFC há muitos anos, o treino aberto, momento em que os lutadores fazem uma leve movimentação para os torcedores antes de seus combates, estava nitidamente desgastado, tanto que em alguns cards ele já nem era mais feito ou era fechado apenas para imprensa.

Mas a equipe do Ultimate no Brasil conseguiu achar uma nova maneira de apresentar essa movimentação para a torcida. O Circo Voador, famosa casa de shows do Rio de Janeiro, recebeu o treino aberto junto de um show da banda de rock Tihuana, conhecida por ser muito ligada do MMA.

E a ideia deu muito certo. Depois de dois treinos aberto na praia e um no calor escaldante dos Arcos da Lapa na hora do almoço, o UFC Rio 4 teve um evento muito interessante para público. A banda mostrou sintonia com a movimentação dos lutadores, criando um clima diferente de tudo que já aconteceu.

Com isso, o treino aberto, que estava fadado ao fim em breve, foi ressuscitado aqui no Brasil. A fórmula pode e deve ser repetida daqui para frente, no Brasil e até mesmo nos Estados Unidos.

Destaque para o repertório apresentado pelo Tihuana. Além de músicas do disco novo, como Minha Rainha e Agora É Pra Valer, e clássicos da banda – Tropa de Elite, Pula, Que Vés, entre outras – eles trouxeram uma série de covers que inflamaram o público. Tivemos Black Sabbath (Paranoid), Raimundos (Eu Quero É Ver o Oco), System of a Down (Chop Suey) e Rage Against the Machine (Killing in the Name of).

Alguns lutadores até se surpreenderam com o ambiente e entraram no clima. O norte-americano Phil Davis, que enfrenta Lyoto Machida na penúltima luta da noite, foi um dos que mais se empolgou. Cezar Mutante teve uma passagem curiosa, já que apenas pulou corda a maior parte do tempo. Parecia que ele tinha esquecido que o tempo era de apenas duas músicas.