UFC cogitou ter lutas com espadas de madeira nos primórdios

Por Maurício Dehò

Seja na época do vale-tudo, ou na fase profissional com o MMA, o UFC sempre causou discussão e polêmica entre defensores e detratores da modalidade, durante estes 20 anos que se completam no mês de novembro. Mas imaginem só se, além dos duelos que conhecemos hoje, tivéssemos lutas com armas brancas. Pois é, os donos do Ultimate naquela época estudaram incluir disputas com facas, espadas de madeira e outros objetos tradicionalmente usados em algumas artes marciais.

De acordo com a revista nort-americana Western Shooting, a negociação com o 'Dog Brothers Martial Arts' aconteceu em 1995, dois anos depois da criação do Ultimate, pelo brasileiro Rorion Gracie. A organização tinha alguma fama nos Estados Unidos, nos anos 1990, e o UFC achou que poderia incluir em seus cards principalmente as lutas com aquele tipo de vara – como na foto acima – usada principalmente em aulas de defesa pessoal.

Mas houve um problema: "O Dog Brothers era popular, a ponto de o UFC se aproximar deles para promover duelos com espadas de madeira. Entretanto, depois de ver uma fita de demonstração, o UFC achou que seria muito extremo para os telespectadores", diz a revista.

O jornal mostra inclusive uma carta enviada pelo Ultimate, assinada pelo promotor Arthur Davie, com a explicação. "É com muita relutância que devemos lhes dizer que as lutas com espadas de madeira, como as que o seu grupo foi pioneiro nos Estados Unidos, é muito extrema para o formato do UFC neste momento. (…) Talvez como nós do UFC, vocês estejam à gente do nosso tempo."

E você, leitor, acha que o UFC devia ter arriscado e apostado nisso?

(Foto: Dog Brothers/Reprodução)