Homem-Ambulância tenta provar que não foi apenas "propaganda enganosa"

Em uma categoria que estava tão estagnada pelo tempo em que Anderson Silva ficou como campeão, Uriah Hall surgiu como uma boa novidade em sua participação do TUF 17, nos Estados Unidos. Ganhou o apelido de "Homem-Ambulância" por mandar todos os seus rivais no reality show para o hospital. Mas sua derrota na decisão do programa foi uma das maiores frustrações do UFC neste ano. E é esse sentimento que ele quer mudar neste sábado.

Depois da derrota para Kelvin Gastelum na final do TUF em abril, ele volta ao octógono no UFC: Shogun x Sonnen, em Boston, para mostrar contra John Howard que não foi apenas uma "propaganda enganosa" de Dana White. É a hora de ele provar que tem potencial para assombrar os pesos médios da franquia.

"Perder a final do TUF podia ter me quebrado, mas isso não aconteceu. Eu quero apenas melhorar, sempre. E é isso que estou fazendo", admitiu o jamaicano radicado nos Estados Unidos em entrevista para o site MMA Junkie.

Não foi pouca a pressão que ele assumiu as vésperas da fatídica decisão perdida. Antes mesmo de o programa começar, Dana White começou a falar para os quatro ventos que um dos participantes dava medo em todos os lutados da casa. Quando Hall venceu a primeira luta com um chute rodado alto, todo o público descobriu de quem ele estava falando.

A partir daquele golpe, o hype em cima de Uriah cresceu exponencialmente. A cada nocaute avassalador, os elogios aumentavam e não foram poucos que o compararam com Anderson Silva. Mesmo não sendo tão inexperiente, ele não soube surfar esse bom momento.

Uriah Hall sentiu a pressão de tanto favoritismo, fez uma luta irreconhecível na final do TUF 17 e foi completamente dominado por Kelvin Gastelum, reconhecidamente inferior na parte técnica, mas com muito coração e muita vontade. Acabou ficando com o contrato de seis lutas.

Para esse reinício, o jamaicano mudou de equipe, fugiu dos holofotes e até se afastou um pouco da amiga Ronda Rousey, campeã feminina peso galo do UFC. A ideia era provar para si próprio que o que ele já sabia de artes marciais não era o suficiente. Agora, é ver se a lição foi aprendida. Os desafiantes dos médio podem se preocupar se a resposta for SIM.

"Eu melhorei só de estar fora da minha zona de conforto. Quando você trabalha em algo que você não é tão bom, acredito que você melhora em todos os sentidos. Não é fazer realmente muita coisa, mas preciso mostrar tudo o que tenho", explicou o lutador.