Browne vibra com chute à la Anderson e vê Werdum como possível rival
O golpe mais impressionante e mais plástico do UFC em Boston no último sábado saiu de um gigante dos pesos pesados. Travis Browne suportou uma saraivada de duríssimos golpes de Alistair Overeem nos minutos iniciais para no final do primeiro round conseguir o nocaute.
A história não seria tão boa se não fosse o golpe derradeiro, afinal, nocautes entre os pesados são muito comuns. Mas o havaiano atingiu o holandês com um chute frontal na ponta do queixo, muito parecido com o que Anderson Silva acertou Vitor Belfort em 2011. Sim, aquele que o ex-campeão dos médios disse que aprendeu com Steven Seagal.
"Eu sabia que ele ia vir com tudo e sabia todas as aberturas que teria no jogo dele. Também sabia que se eu o acertasse, ele ia cair e chorar feito uma menina. Apenas fui para frente e mantive meu plano de jogo", explicou Browne, que, antes do golpe certeiro, já vinha tentando outros similares que ficaram na guarda de Overeem.
Mas o mais difícil para o americano nessa luta nem mesmo foi o nocaute, mas sim sobreviver ao início do combate. Como de costume, o gigante holandês partiu para as sequências e os golpes na linha de cintura, principalmente joelhadas – estilo que ele trouxe do kickboxing.
Travis chegou a cair e ficou muito, mas muito mesmo, próximo de ser nocauteado, mas o juiz Mario Yamazaki decidiu manter a luta, para sorte dele. "Isso é luta e essas coisas acontecem. Não é de propósito e você tem apenas de fazer seu trabalho. Eu sentia ele batendo e meu corpo não reagia. Eu queria apenas ficar em pé e voltar a lutar."
"Eu estive lá mentalmente o tempo inteiro. Não conseguia entender o que acontecia, porque meu corpo não respondia enquanto ele batia. Era algo novo para mim. Eu apenas ficava pensando: estou bem, preciso me mexer", completou Travis Browne.
Agora, o peso pesado já pensa em sua próxima luta e vislumbra um brasileiro em seu caminho, até mesmo para que ele fique bem na fila pela disputa do cinturão. "Fabrício Werdum é uma possibilidade. Vamos ver como vou me recuperar nas próximas semanas, mas nunca disse não para uma luta. Sem dúvida esse combate faz todo o sentido."
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