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Tamanho e surras em brasileiros colocam Gustafsson em disputa de cinturão

Jorge Corrêa

19/09/2013 06h01


Direto de Toronto*

Com apenas 16 lutas na carreira e apenas uma derrota, o sueco Alexander Gustafsson ganhou a chance de disputar o cinturão dos meio-pesados neste sábado, contra Jon Jones, no UFC 165, mesmo sem lutar desde de dezembro do ano passado. Mas uma série de fatores aceleraram sua chegada a essa luta.

Para você que não está muito familiarizado com o desafiante da categoria, vou explicar abaixo, em cinco tópicos, a conjuntura que levou Gustafsson a disputar o cinturão furando alguma fila – de Lyoto Machida, por exemplo.

1) É tão jovem e tão grande quanto Jon Jones – Quando surgiu como campeão, Jon Jones foi exaltado por ser muito jovem, mas agora, aos 26 anos, encontra um desafiante tão novo quanto ele. Gustafsson é apenas seis meses mais velho.

Além disso, esse será o primeiro rival do dono do cinturão tão grande quanto ele. A distância e a envergadura sempre foram as principais arma de Jon Jones, mas agora ele terá fogo cruzado. Se o campeão tem 1,93m de altura e 2,15m de envergadura, Gustafsson vem com 1,96m de altura e 2,00m de envergadura.

2) Não enfrentou Mousasi em sua última luta – Se por um lado Gustafsson pode sentir a falta de ritmo de luta por ter entrado pela última vez no octógono em dezembro, por outro ele não correu nenhum risco nos últimos nove meses.

Era para Alexander ter enfrentado Gegard Mousasi na Suécia em abril, mas um corte no supercílio, duas semanas antes, o tirou do combate. Dessa forma, ele manteve sua série invicta e, mesmo sem lutar, ganhou a chance de disputar o cinturão.

3) Surras que aplicou em Thiago Silva e Shogun – Com apenas três vitórias por pontos, duas foram as mais recentes e contra brasileiros. Mas não ache que o sueco correu algum risco por ele não ter finalizado os combates.

Contra Thiago Silva, em casa, e contra Maurício Shogun, em Seattle, Gustafsson passeou em cima deles por três rounds. Foi onde ele mostrou mais maturidade, capacidade e técnica para chegar a uma disputa de cinturão da categoria.

4) Jon Jones o escolheu, a dedo, como adversário – Um grande passo para um um desafiante chegar a uma luta pelo título é o atual campeão querer enfrentá-lo. E foi exatamente isso que aconteceu. Jon Jones já vinha evitando uma revanche contra Lyoto Machida quando começou a falar o nome de Gustafsson.

Com o norte-americano se recusando a enfrentar o brasileiro novamente, sobrou apenas Alexander com possível rival para Jones após sua vitória sobre Chael Sonnen – Glover Teixeira ainda precisava de mais uma boa vitória e Phil Davis não estava tão na cara do gol como está agora.

5) Única derrota da carreira aconteceu precocemente – Falando em Phil Davis, é ele exatamente o único algoz da carreira de Gustafsson. Essa derrota aconteceu na segunda luta do sueco no UFC, em abril de 2010. Desde então ele cresceu dentro do evento e melhorou tecnicamente.

Mais que isso, Davis se tornou um dos seus principais parceiros de treino nos Estados Unidos e eles viraram amigos próximos. Alexander diz que isso ajudou muito a ele ajustar os erros que cometeu naquela luta.

*Blogueiro viaja a convite do UFC.

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