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Na Grade do MMA

Grande em só 3 países em 20 anos, UFC foca expansão mundial em 2014

Jorge Corrêa

13/11/2013 12h00

O UFC comemorou 20 anos na última terça-feira como uma das mais rentáveis empresas esportivas dos Estados Unidos. Os irmãos Fertitta compraram a companhia perto da falência em 2001 por cerca de US$ 2 milhões e hoje ela está avaliada em mais de US$ 2 bilhões. Mas esse sucesso não reflete o tamanho do Ultimate, assim como do MMA, em todo o mundo.

Além dos Estados Unidos, país onde foi criado e estourou apenas depois do fim do evento japonês Pride e da realização da primeira edição do reality show The Ultimate Fighter, o UFC pode ser considerado realmente grande, se comparado com a força de outros esportes profissionais, apenas no Canadá e no Brasil.

Entrevista completa com o dono

  • É difícil pensar no UFC sem lembrar da imagem do presidente Dana White à frente das entrevistas, fazendo anúncios e até falando alguns palavrões. Mas com apenas 9% da sociedade, não é ele quem assina o cheque. O dono do dinheiro são os irmãos Fertitta, que compraram o Ultimate à beira da falência em 2002 e deram seu total comando a White. Frank é mais discreto, mas Lorenzo é quem está sempre ao lado de Dana e tem uma relação mais próxima com os lutadores. Foi com ele que o UOL Esporte conversou sobre os 20 anos da franquia, completados na última terça-feira. Segundo ele, a meta da liga é ultrapassar a NBA em pouco tempo.

Em terras canadenses, a explosão do MMA aconteceu pelas mãos de Georges St-Pierre em meados da primeira década dos anos 2000. Vendo a força do campeão dos meio-médios, a franquia fez uma campanha maciça em cima da imagem do lutador, que se tornou o mais famoso atleta do país, à frente até mesmo de astros contemporâneos do hóquei sobre o gelo, que continua como esporte número 1 do Canadá.

Durante muito tempo os canadenses formaram o segundo maior mercado consumidor do Ultimate, atrás apenas dos norte-americanos. Mas nos últimos anos, mais exatamente desde 2011, o Ultimate voltou suas forças de marketing para o Brasil, país que originou o atual MMA com a ideia rudimentar de testar a capacidade das mais diversas artes marciais.

Foi como se a força do UFC por aqui estivesse dormente e precisasse de apenas um leve empurrão para explodir.

Os números de eventos no Brasil mostram isso. Em 2011, aconteceu apenas um. No ano seguinte, foram dois. Já a temporada 2013 encerrou-se com sete shows em terras brasileiras.

Saindo de Estados Unidos, Canadá e Brasil, o UFC tem bases fixas apenas em Inglaterra, Austrália e Japão – esse mais recentemente – mas sem a mesma intensidade, com uma média de um evento por ano. Por isso, o principal plano de metas do Ultimate para 2014 é uma grande ofensiva de expansão mundial.

"Somos grandes nesses lugares, mas nosso principal objetivo é nos tornarmos globais. Queremos, mesmo, estar em todos os cantos do mundo. Como te falei, vamos expandir para novos mercados", resumiu dono do UFC Lorenzo Fertitta que, em seguida, detalhou esses planos ao blog.

São três as áreas que serão atacadas. A primeira é a America Latina, usando o México como porta de entrada. Berço de históricos boxeadores, Dana White e seus pares apontam o país como um "novo Brasil" e o primeiro evento por lá deve acontecer nos primeiros meses do próximo ano. A disputa de cinturão de Cain Velásquez contra Fabrício Werdum é favorita para a estreia. Em seguida, Argentina e Colômbia devem ser os próximo palcos nos próximos anos.

Na Europa, depois de se firmar na Inglaterra e na Suécia, o Ultimate já tem o compromisso de em 2014 fazer eventos em pelo menos seis grandes cidades do continente: Dublin (Irlanda), Lodz (Polônia), Istambul (Turquia), Berlim (Alemanha), Malmo (Suécia) e Glasgow (Escócia).

Conquistar a Ásia é um sonho antigo do Ultimate por conta do gigante mercado consumir em potencial. O primeiro evento do ano será em Singapura e já está sendo gravado um TUF na China. Além disso, Coreia do Sul, Indonésia e Filipinas devem ter shows entre o final de 2014 e começo de 2015.

Sobre o blog

Saiba o que acontece dentro e fora do octógono, relembre as grandes histórias e lutas que fizeram o vale-tudo se tornar o MMA. Aqui também será o espaço para entrevistas, análises, debates, polêmicas e tudo que faz do MMA o esporte que mais cresce no mundo.
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