Sobre fraturas, derrotas e feitos
O primeiro round da luta entre Anderson Silva e Chris Weidman no último sábado, no UFC 168, em Las Vegas, trazia um panorama muito desfavorável para o brasileiro. Ele até mesmo esqueceu as provocações da primeira luta e ainda sim foi dominado pelo norte-americano. Se desenhava mais uma enxurrada de críticas, até que veio a grave lesão.
Com uma das mais vitoriosas passagens na história do MMA e tendo enfileirado atuações memoráveis nos últimos anos, Anderson teria de encarar, se tivesse acabado nocauteado como quase foi no primeiro round, o peso de ser derrotado duas vezes seguidas pela primeira vez na carreira.
Se olharmos por um viés mais frio, a grave fratura que Anderson sofreu fez com que o choque de outra derrota incontestável fosse menor. Se ele decidir pela aposentadoria nesse momento, o final de sua carreira será lembrado mais pela contusão do que pelo revés propriamente dito – não estou nem entrando no mérito de que, claro, seria melhor parar como campeão.
Quem pode lamentar esse cenário é Chris Weidman, que viu um enorme feito ser abafado pelo ocorrido com Anderson Silva. Ele não só é campeão dos pesos médios do UFC, como já defendeu seu cinturão uma vez e ainda por cima venceu duas vezes o maior lutador de todos os tempos.
Ainda inebriado com a vitória do último sábado, o norte-americano não deve ter percebido que seu espaço nas manchetes está reduzido – e não é só no Brasil, amigos. Não que ele vá reclamar disso, mas mais uma vez ele ouvirá arroubos sobre "lance de sorte" ou que "ainda precisa provar a que veio". Mas Chris tem a mentalidade certa para encarar tudo isso.
Como uma história que se repete, parece que pela terceira vez Weidman terá que provar [para algumas pessoas] que ele tem condição de se manter como dono do cinturão dos médios do Ultimate por muito tempo. Vitor Belfort é o próximo desafio para "defesa do campeão incontestável", como diz Bruce Buffer.
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