TUF Brasil melhora, mas escorrega na "cor local"
A virada de jogo do reality show The Ultimate Fighter Brasil ficou clara no terceiro episódio, que foi ao ar no último domingo. Já podemos esquecer as brincadeiras sem fim da temporada passada, as confusões e bobagens em geral. A terceira edição realmente mudou o foco e fez uma escolha diferente de seu elenco.
Depois da correria das lutas preliminares, pudemos ver uma melhora nítida da edição. O programa mostrou mais o trabalho dos treinadores Wanderlei Silva e Chael Sonnen, conseguimos ver a diferença entre os dois na academia, como são seus assistentes – achei bem interessante o fato de o norte-americano falar só em inglês com seus alunos.
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O nível dos lutadores também está melhor. Se no TUF Brasil 2 eles chegaram na casa já pensando em jogar os colchões no lago, dessa vez os competidores discutiram a tática da escolha das esquipes. Depois focaram a primeira luta entre Wagnão e Peregrino. Vemos um local mais ordeiro e que fica mais fácil de passar as histórias para o público.
Mas nem tudo são flores. Como disse acima, as melhoras são nítidas, mas analiso que os tropeços também. Só que eles nada têm a ver com lutadores ou treinadores. Não vou entrar no mérito das assistentes Hortência e Isabel – que finalmente mostraram que vão focar no lado motivacional dos atletas – pois já falamos bastante sobre elas aqui no blog.
Como o próprio diretor do programa me disse, o TUF tem de manter a base da matriz norte-americana, mas, principalmente por interesse e pedido da TV Globo, também precisa por um pouco da "cor local". No caso do Brasil, caímos novamente no clichê das belas mulheres.
Foi criada uma disputa de "Musa do TUF Brasil". Colocaram modelos para desfilar e confraternizar com os lutadores na casa do programa, em uma festa (o que parece que se repetirá pelos flashes da temporada que foram mostrados). Isso é algo que nunca ficou perto de acontecer na versão norte-americana e aproxima o reality show mais do Big Brother Brasil do que do The Ultimate Fighter original.
Entendo os esforços da produção em atrair mais público e telespectadores que não assistiriam ao programa, mas vejo esse subterfúgio como uma faca de dois gumes. Os fãs mais fieis do modelo e do MMA ficam cada vez mais irritados e distantes com essas novidades. A contra-propaganda pode pesar mais que a divulgação espontânea.
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