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Claudinha faz sucesso no Instagram e admite vaidade por corpo sarado

Maurício Dehò

27/10/2015 06h02

Quem acompanha a carreira de Cláudia Gadelha começou vendo a baixinha potiguar ficar conhecida pela força capaz de derrubar homens – ou melhor, comediantes, do Pânico – e a brincadeira virar potencial sério para a lutadora se tornar melhor do mundo no MMA. Próxima na fila do cinturão peso palha do UFC, a brasileira ganhou uma faceta diferente nos últimos tempos: vem fazendo sucesso pela beleza nas redes sociais.

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Vaidosa, Claudinha fica encabulada de falar nisso, mas curte a atenção que vem ganhando. O problema é vencer uma guerra do seu dia a dia, já que cuidar do visual e treinar são atividades que não combinam nem um pouco.

Questionada sobre os elogios que vem recebendo, principalmente pelos quase 88 mil seguidores do Instagram, Claudinha ri: "Que pergunta lascada!".

"Eu sou muito vaidosa. E é difícil ser vaidosa num ambiente 100% de luta", explica ela. Entre as imagens que costuma postar, Claudinha vai de selfies, exibições do abdômen trincado, algumas fotos profissionais pagando de modelo e até um topless de biquíni ao lado das duas irmãs – sua campeã de curtidas, com mais de 6 mil likes.

"Acho interessante essa interação com os seguidores, que querem saber como é minha vida e mostro isso pra eles. Os elogios são consequência de como os trato, da atenção que dou, é bem legal", opina ela.

Voltando de uma lesão na mão que tirou suas chances de uma revanche com a campeã Joanna Jedrzejczyk – que encara em novembro Valérie Létourneau -, Claudinha já esta novamente na rotina pesada de muito suor, cabelos bagunçados, unhas descascando e hematomas pelo corpo.

"Sempre cito como exemplo da unha, que em dois dias já sai todo (o esmalte). O cabelo não tem como fazer muito, estamos sempre suando, então é uma briga diária da vaidade com a parte lutadora. Nos momentos que tenho para cuidar, sempre estou dando um trato no cabelo, no sorriso", explica Gadelha, que elege o abdômen sua parte do corpo preferida.

"Eu curto muito meu corpo sarado. Não tanto quanto fico para lutar, nas duas semanas antes da luta fico muito seca, porque tem que perder muito peso, mas gosto quando estou no camp. Tanto que tento manter o tanquinho, ficar com o corpo legal. Não é pelos outros, é por mim."

Lutar ou esperar?

Cláudia está de passagem reservada para uma viagem até o outro lado do mundo. O UFC a chamou para acompanhar o UFC 193, na Austrália, que terá as duas disputas de cinturão femininos da organização, inclusive o que almeja, de Joanna. Por isso, a brasileira acredita que não luta novamente e vai para uma disputa de cinturão com a vencedora.

Mas, se dependesse dela, não haveria problemas de encarar uma rival antes. "Queria lutar, para não ficar muito tempo parada, mas fui convidada para ir à Austrália, então acho que é isso mesmo que vai acontecer, esperar a vencedora para entrar no title shot. Não penso nesse lado de ser mais seguro, de arriscar oportunidade. Se você quer se manter no topo, tem que lutar, e se me derem uma rival, eu aceito."

No fim de semana, ela entrou em atrito com a irlandesa Aisling Daly, que derrotou Ericka Almeida. "Pior lutadora da história essa 'alguma coisa' Daly", tuitou. Daly respondeu: "não ligo para ela. "Não ligo para ela. O que ela fala é irrelevante. Se o UFC quiser essa luta, acontecerá. Eu luto com qualquer um, mas não vou entrar em guerrinha de Twitter", respondeu a irlandesa.

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