Zica na categoria impulsiona Thominhas, e cinturão já vira meta para 2016

A joelhada voadora que deu em Brad Pickett vai figurar para sempre nos melhores momentos de Thomas Almeida. Apesar do supernocaute, ainda há muito o que conquistar para o paulistano de 24 anos. Neste sábado, ele faz uma das principais lutas do UFC, em casa, no ginásio do Ibirapuera. E a quarta vitória seguida pode tornar a meta de disputar um cinturão já em 2016 consideravelmente mais próxima.

Invicto com 19 lutas – 15 vitórias por nocaute e três finalizações -, Thominhas encara o norte-americano Anthony Birchak (12v, 2d) e pode seguir na sua rápida ascensão no ranking dos galos. Foram só três lutas no Ultimate, e ele já é o oitavo colocado.

O que pesa para ele seguir para o alto e avante é o fato de a categoria galo do UFC viver uma certa zica. TJ Dillashaw é o campeão, tendo vencido duas vezes Renan Barão. Os próximos rivais, Dominick Cruz (que pega TJ em janeiro) e Raphael Assunção, vivem lesionados. Então, um nocaute de peso sobre Birchak pode fazer com que o brasileiro adquira um novo status e não seria de se estranhar um title shot cair no seu colo.

Thomas sonha, traça metas, mas não se apressa. "Eu venho analisando a categoria sim. Vejo um nível muito alto, principalmente no top 5, com grandes atletas, de alto nível no wrestling, jiu-jítsu e trocação", opinou. E o cinturão? "Quem sabe no ano que vem. Fazendo as lutas certas, um dia vem. O que quero agora é vencer essa luta, não sair machucado, para poder estar bem no ano que vem e fazer as lutas para ganhar experiência e crescer no evento."

Sobre Birchak, Thomas faz elogios, e disse que teve um cuidado especial nos treinos. "Meu adversário é bem completo, vem do wrestling e gosta dessa luta agarrada. Venho treinado há anos o wrestling, mas dei uma ênfase grande desta vez", explicou. "Ele vem de nocaute, na carreira tem outros nocautes, então não posso me prender à luta agarrada. Ele é bem perigoso, joga umas joelhadas, tem uma mão direita bem forte… Treinei muito muay thai, sou experiente, já estou na minha quarta luta no UFC, então estou bem tranquilo."

Thominhas é aquele tipo de lutador que gosta de sangue. Até aqui, deu tudo certo, e ele inclusive conseguiu viradas impressionantes. O peso galo promete manter o estilo ofensivo. "Mudar minha maneira de lutar seria um ponto negativo. Vou fazer o que faço. Se passar por momentos difíceis, faz parte, estou acostumado e o importante é a vitória vir".

Neste estilo um pouco inconsequente, Thomas fraturou o nariz contra Pickett e quase ficou no "estaleiro". Por sorte, não precisou operar, teve uma recuperação breve e se diz em perfeitas condições para sábado.

"O nariz tá 110%. Treinando porrada na Chute Boxe como eu treino, não tem nem como. Se não estiver 100%, não tem chance de lutar, porque no treino saímos na porrada igual ou pior à luta. Estou confiante, não preciso de cuidados. Vou pro pau, no jeito Thomas Almeida de ser mesmo", concluiu.