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McGregor mostra que manda no UFC e enterra categoria de Aldo com luta em NY

Jorge Corrêa

27/09/2016 11h18


Esqueça as confusões do primeiro semestre, que culminaram com a mudança da luta principal do UFC 200. Não ficou nenhum rancor e Dana White deixou uma coisa clara ao anunciar a luta principal do histórico evento de Nova York: o novo dono da casa, o rei coroado, quem manda é Conor McGregor.

Dois dias depois de o presidente ter dito em alto e bom som que queria vê-lo unificando seu cinturão linear dos penas contra o campeão interino José Aldo, o irlandês fez valer a sua vontade e o Ultimate lhe deu a disputa do título dos leves contra Eddie Alvarez. Assim, Conor terá a chance de ser o primeiro lutador a ter dois cinturões do UFC ao mesmo tempo.

Faço uma pausa para citar o veterano e renomado jornalista americano de lutas Kevin Iole: "Duas coisas estão se tornando incrivelmente óbvias no MMA: Conor McGregor comanda o UFC e o gerenciamento da companhia transformou a divisão dos penas em uma piada".

Tudo bem que Aldo teve problemas com lesões no ano de 2015, mas agora, com sorte, ele vai ter de esperar mais de um ano até ter sua revanche contra o irlandês depois do nocaute de 13s. Isso com um cinturão interino nas mãos que não faz mais sentido, já que campeão de fato fará em 2016 três lutas, nenhuma na categoria em que é detentor do título.

Será um ano inteiro em que uma categoria ficará enterrada. Se Aldo já está em compasso de espera, imaginem a situação que fica outros tops dos penas, como Max Holloway ou Anthony Pettis. Isso sem falar da furada de fila nos leves. O russo Khabib Nurmagomedov deve estar subindo pelas paredes, ou quebrando elas, já que o UFC tinha lhe prometido o title shot contra Alvarez ainda este ano.

Mudança de rumos

Como falei em post anteriores, estamos vivendo uma mudança de mentalidade dentro do UFC, com as superlutas ganhando espaço sobre as disputas de cinturão casadas de maneira desportivamente lógica.

E isso não é necessariamente ruim. Os fãs – principalmente os mais antigos ou hardore do MMA – precisam apenas fazer uma mudança de expectativa em relação ao maior evento do mundo. O cenário mudou e Dana White – junto dos novos donos do Ultimate – estão tentando capitalizar esse momento.

Simplesmente Conor McGregor é sinônimo de dinheiro. De muito dinheiro. Ele cativa torcedores ao redor do mundo e vende muito pay-per-view. É daí que vem tanto poder. Não podemos nunca esquecer que o UFC é uma empresa privada e que visa o lucro de seus donos. Ou seja: eles estão certos em usar o irlandês até a última gota.

Sobre o blog

Saiba o que acontece dentro e fora do octógono, relembre as grandes histórias e lutas que fizeram o vale-tudo se tornar o MMA. Aqui também será o espaço para entrevistas, análises, debates, polêmicas e tudo que faz do MMA o esporte que mais cresce no mundo.
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