6 lições e histórias que ficaram do UFC São Paulo

Tivemos no último sábado o fechamento da temporada 2016 do UFC no Brasil com um card de médio para pequeno em São Paulo. Mas ele nos trouxe algumas boas histórias e lições interessantes. Vamos ver quais são:

Brasil ainda precisa de ídolos em alta – Em um card que contou com boas lutas, de bom nível técnico, mesmo quando os brasileiros perderam, foi broxante ver a atuação de Rogério Minotouro na luta principal. O passeio que ele tomou de Ryan Bader deixou claro que precisamos de ídolos ou de lutadores em boa fase para fazerem lutas principais por aqui. Fez falta não ter nomes como Anderson Silva, Júnior Cigano ou até mesmo Maurício Shogun disponíveis para esse show.

Claudinha e Thominhas mandam recados – O diminutivo ficou apenas no nome dos dois, que conseguiram apagar a má impressão de duas lutas anteriores. Claudia Gadelha e Thomas Almeida foram grandes, mostraram que não ficaram traumatizados com as derrotas que vinham e conseguiram ótimas atuações em suas vitórias em São Paulo. Por mais que seus rivais não sejam famosos ou bem ranqueados, deixaram claro que estão prontos para seguir em frente em suas caminhadas pelo cinturão.

Esqueçam o TUF Brasil – Tudo bem que tivemos as vitórias de Cezar Mutante e Serginho Moraes, finalistas da primeira edição do programa, mas o passeio que Warlley Alves tomou de Kamaru Usman deixou claro porque o reality show acabou. O carioca era apontado como o melhor campeão que o TUF Brasil já tinha tido, era uma grande esperança para o MMA brasileiro, mas perdeu feio pela segunda vez consecutiva. Como Joe Carr, vice-presidente do UFC, falou para o blog semana passada, o programa foi bom para revelar lutadores para o evento, mas não para surgirem campeões ou postulantes a título.

Ressurreição de Mutante – Quando o campeão do TUF Brasil 1 teve 3 derrotas em 4 lutas entre 2014 e 2015, eu fui um dos que previ o fim dele no UFC. Pois chegou o momento de um pedido de desculpas. O paulista ressurgiu das cinzas, em meio a lesões gravíssimas que o deixaram sem andar. Ele engatou em São Paulo sua terceira vitória consecutiva – todas com grandes atuações. Já sem a sombra de seu mentor Vítor Belfort, pode sonhar com voos mais altos.

O que esse cara está fazendo no UFC ? – Não vou tirar os méritos do peso pesado brasileiro Luiz Henrique KLB, que fez o que precisava ser feito, mas vamos combinar que seu rival, Christian Colombo, é um dos piores lutadores que pisaram no octógono do Ultimate nos últimos tempos. Dessa maneira, os pesados continuam sendo uma das categorias mais rasas da franquia. Dana White e os novos donos do UFC precisam se mexer quanto a isso.

A emoção de Manny – Com disputa de cinturão contra José Aldo no currículo, o armênio Manny Gamburyan anunciou sua aposentadoria ainda no octógono, depois de ser nocauteado pelo experiente Johnny Eduardo. Foi tocante a emoção do cara que foi responsável por levar Ronda Rousey para o MMA depois que esta tinha desistido do judô nos EUA.