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Belfort cobra "caráter" de jovens lutadores e diz que tem repertório amplo pra bater Jones

Jorge Corrêa

18/09/2012 06h01

Para as bolsas de apostas, Vitor Belfort é um enorme azarão para a disputa do cinturão dos meio-pesados do UFC contra Jon Jones. Mas ele não quer saber disso. "A minha atmosfera eu mesmo crio", explicou. Um dos principais nomes da história do evento e do MMA, ele volta a ser uma dos principais focos do esporte nesse sábado. Veterano, está de olho nos jovens.

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"Quero crer que a maior parte dos jovens atletas também é de lutadores com caráter", explicou o lutador de 35 anos. Mas isso não é o que importa para ele nesse momento. Em conversa com o blog, o carioca falou da expectativa para sua quinta disputa de cinturão do UFC, podendo conquistar seu terceiro título. "Vou entrar para ganhar."

Nesse longo, mas produtivo papo, Vitor falou da recuperação da lesão que o tirou na luta contra Wanderlei Silva em junho, da sua preparação, principalmente pela mudança de categoria dos médios para os meio-pesados, e sua tática para enfrentar a aura de imbatível do campeão, apostando em um "amplo repertório" de movimentos.

Como está sua mão? Ainda sente algo? Teve de mudar algo no treino por causa dela? Tomou algum cuidado maior ou diferente por conta de lesão? Já estou totalmente recuperado desde o início dos treinamentos aqui nos Estados Unidos, no dia 6 de agosto. Desde que fui liberado para socar, já comecei a treinar 100%, sem dores. Meu treinamento não mudou em nada. Segui a mesma linha de preparação.

O que muda na preparação física (principalmente na parte do gás) por vir lutando nos últimos anos nos médios e agora subir para os meio-pesados? Há uma adaptação nos treinamentos e na minha rotina, mas tudo acontece de uma forma natural. Apesar de meu peso hoje ser o médio, conheço bem a categoria meio-pesado e não há um impacto muito grande nessa mudança. Estou muito bem adaptado a esta nova categoria.

O que você está mais sentindo nessa mudança? Sofrer menos para perder peso vai ajudar em algo? Com certeza ter que perder menos peso ajuda muito, mas sempre fui muito profissional com relação a isso.

Dana falou "sorte que o Vitor é de uma geração de lutadores de verdade". Como é essa responsabilidade de ter essa moral com o chefe? Como é representar uma geração que está acabando? Quero crer que a maior parte dos jovens atletas também é de lutadores de verdade, com caráter e brio. Tenho respeito pelos jovens, especialmente os que encaram o esporte com seriedade – estes são os que vão representar bem o Brasil. Meu relacionamento com o Dana e com toda a diretoria do UFC sempre foi muito bom, acredito que também por tudo que já fizemos juntos pelo esporte. Então este elogio da parte dele me deixa lisonjeado. Ele é um cara que sempre acreditou no esporte e fez muito pelo crescimento do MMA.

Como é a responsabilidade de assumir uma luta desse tamanho? Como você encara o favoritismo dado a Jon Jones nas apostas em todo o mundo? Estou muito feliz com a possibilidade de brigar por um cinturão novamente. Quanto ao favoritismo, quem tem a palavra final é o octógono. Luta é algo imponderável, tudo pode acontecer. E o melhor que você pode fazer para diminuir os riscos é estar o melhor preparado possível.  Dito isso, te garanto que o que as pessoas dizem não interfere no meu dia a dia.

É bom ver tanto favoritismo para cima do rival? É bom ter pouca pressão nesse sentido? A minha atmosfera eu mesmo crio e sou um cara que me cobro muito. Não encaro a coisa dessa forma. Estou subindo no octógono para lutar por mais um título mundial, então não há como não ver isso como algo grandioso. No fim, minha leitura é que estamos vivendo um clima de decisão muito legal, de grande combate, de expectativa, e isso tudo me agrada muito. Não sinto pressão alguma, por mais badalado que o meu oponente seja.

Qual é a melhor tática para enfrentar Jon Jones? O Jon Jones é um cara muito completo. É um grande lutador. Não há uma tática específica que irei adotar. A melhor tática é estar 100% focado e preparado para o combate e isso eu estou. Estou muito satisfeito com meu rendimento nos treinamentos. Tenho certeza que vou fazer uma grande luta.

No que você está melhor ou diferente do que quando conquistou o cinturão dos meio-pesados pela primeira vez? Hoje me considero um lutador mais completo. Mantenho minhas características principais de explosão, mas com muito mais experiência, bem preparado fisicamente e com um repertório mais amplo, desenvolvendo técnicas diferentes que me permitem mais opções durante a luta.

Qual é a importância desse título do UFC na sua carreira comparado com os outros que você já conquistou? Todos os títulos que conquistei têm significados especiais. Cada um tem sua história, seu momento na minha vida. Não dá para compará-los.

Por que você será campeão do UFC contra o Jon Jones? Vou entrar para ganhar. Serei um adversário muito duro de ser batido. Estou bem preparado, empolgado e confiante. Será um grande evento e uma grande noite e espero que no final eu seja merecedor e possa levantar mais esse cinturão para o Brasil.

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