Post com o parceiro Maurício Dehò

Pelo menos na frente de todo mundo, Anderson Silva segue fiel às suas ideias: quer a superluta contra Georges St-Pierre no UFC, foge de enfrentar Jon Jones e sonha e disputar os Jogos Olímpicos do Rio em 2016. Mas depois de vencer Stephan Bonnar neste sábado, na luta principal do UFC Rio 3, ele terá de começar a repensar algumas coisas, de acordo com Dana White.

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A primeira delas é sobre um possível confronto contra Jon Jones. O presidente do UFC se mostrou muito convicto em fazer com que essa luta aconteça no futuro, e não muito distante. "Anderson é um cara que tem muitas opções, um talento incrível. GSP seria uma luta grande para ele, mas contra Jones seria ainda maior. Podem ter certeza que pelo dinheiro que vou oferecer a eles, faço os dois aceitarem."

Anderson fez até um pouco de piada. Sempre que alguém falava dessa luta dele contra o campeão dos meio-pesados, fazia careta de medo, dizia que não com a cabeça. "Eu já sou veterano, um tiozão, tem muita gente para enfrentar o Jon Jones por aí. Prefiro alguém menor, como o GSP, em que tenho a chance de apanhar menos", brincou o Spider.

O principal motivo dado pelo brasileiro é que tem outros lutadores de sua equipe entre os meio-pesados que poderiam vir a desafiar Jon Jones pelo cinturão da categoria. "Temos o Rogério [Minotouro] e o [Rafael] Feijão na Team Nogueira. Comecei a treinar desde que cedo e nunca lutei pelo dinheiro. E o Jones já me disse que não gostaria de me enfrentar também."

Mas Dana retrucou mais uma vez, e ainda mais incisivo. "Se precisar, voo 12h com o Ed Soares [empresário de Anderson Silva] e faço essa luta acontecer."

Para colocar seu plano em prática, o dirigente até sugeriu uma barganha. Anderson pediu para que fosse liberado para disputar a Olimpíada de 2016 lutando taekwondo pelo Brasil. "Conversa comigo sobre a luta com Jon Jones, que penso em te liberar. Ele fala que não luta por dinheiro, mas tenho certeza que esse combate lhe daria muito mais dinheiro que o taekwondo."

Weidman? No fim da fila

Uma presença diferente no Rio foi a do norte-americano Chris Weidman, apontado como um dos principais desafiantes pelo cinturão dos médios de Anderson. Chegou até a ser pensando que algum anuncio seria feito. Mas no que depender do campeão, ainda vai demorar muito para o americano ter uma chance contra ele.

"Estou em uma posição na minha carreira que posso escolher o melhor momento de lutar ou o melhor adversário. O Chris é um menino, que está começando agora, ainda tem que passar muita coisa, e tem muito cara bom na categoria. A vez dele pode chegar, como a de todo mundo, mas não será agora", completou o Spider.

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