Ronda é investimento pesado do UFC, não faz sentido o risco de uma luta com Cyborg agora
Jorge Corrêa
20/02/2013 14h42
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Menos de um ano atrás, Dana White enchia a boca para dizer: O UFC dificilmente terá uma luta entre mulheres. Agora, estamos a três dias de Ronda Rousey defender seu cinturão feminino dos galos contra Liz Carmouche. O presidente da franquia percebeu que poderia ganhar muito dinheiro com a moça, seja por sua técnica e raça, seja por sua beleza e simpatia.
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Ciente disso, o Ultimate fez um grande investimento sobre Ronda, a transformou em uma estrela do evento, antes mesmo de ela pisar no octógono pela primeira vez. Houve muito mistério em sua chegada, depois o cinturão foi entregue com pompa, além de Dana White elogiá-la de forma entusiasmada e reiterada nos últimos meses.
Não estou falando que Liz Carmouche está indo já derrotada para o UFC 157 neste sábado, mas ela não é o maior desafio que Rousey pode ter. Todo mundo sonhava em uma superluta da norte-americana contra Cris Cyborg, que chegou a ser muito especulada. Mas a brasileira acabou de ser liberada de seu contrato com o Ultimate e assinou com o Invicta.
Ambos os lados não descartam essa luta, dizem que ela vai acontecer. Ela simplesmente ficou distante. Não faria sentido ela acontecer agora. Cris traria muito risco para o investimento feito em Ronda. Dana White apostou em um discurso de "Cyborg não é importante", mas também não fez questão nem força alguma para segurá-la em seu plantel.
A questão do peso – de que Cris não chegaria aos 61 kg de Ronda e Rousey não subiria para os 66 kg de Cyborg – foi um enorme subterfúgio utilizado por todos os envolvidos.
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Por mais talentosa e competente que Ronda seja, principalmente nas chaves de braço, Cris Cyborg é mais completa e mais experiente. Ela assombrou o mundo do MMA feminino com a velocidade e o peso de suas mãos até ter a carreira interrompida por ter sido flagrada em um exame antidoping. Dentre as lutadoras da atualidade, seria – disparado – a que traria maior perigo para Ronda.
Não vejo essa luta acontecendo nos próximos dois anos. Elas ainda são novas, há tempo para ela acontecer. Nesse meio tempo, Ronda vai pavimentar o espaço do MMA feminino no UFC e junto do grande público. Nitidamente essa é sua missão, é isso que Dana White espera. É um fardo muito pesado para nesse momento ela encarar um desafio do tamanho de Cris Cyborg.
Servição: O UFC 157 acontece neste sábado, a partir das 20h35 (de Brasília) e terá acompanhamento lance a lance pelo Placar UOL Esporte. Na televisão, o card preliminar será transmitido pelo Sportv das 20h35 às 00h. Já o card principal estará apenas no canal em pay-per-view Combate a partir da meia-noite de sábado para domingo.
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