Wanderlei diz que subiu de peso para brigar menos com mulher e revela plano para ser deputado
Jorge Corrêa
27/02/2013 07h10
Aos 36 anos, Wanderlei Silva não quer nem ouvir falar em aposentadoria. Mais que isso, voltar ao Japão, onde virou herói nacional por conta de sua carreira no Pride, foi como um sopro de juventude. "Cara, não tem nem como descrever o carinho do pessoal. Tinha um monte de gente no aeroporto, foi demais", contou o lutador ao blog.
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O curitibano será um dos astros do UFC Japão, que acontece neste sábado na Saitama Super Arena, palco onde ganhou fama no extinto torneio. Ele vai enfrentar o norte-americano Brian Stann na luta principal do evento e, além de tentar se recuperar da derrota para Rich Franklin em junho do ano passado em Belo Horizonte, ele volta a lutar entre os meio-pesados depois de mais de quatro anos.
Wanderlei Silva e sua mulher Tea
Perguntado pelo blog sobre os motivos de subir de categoria – vinha lutando nos médios – ele explicou com a sinceridade que sempre o marcou. "Estava muito difícil, muito ruim bater o peso. A dieta era muito complicada. E em casa o humor ficava daquele jeito. Se a mulher colocava pouca margarina no pão, eu brigava com ela. Se colocava muito, eu também brigava. Então para aliviar em casa e salvar o casamento, achei melhor subir de peso."
Mas com quase 17 anos de carreira, não tem como negar que ela já está em sua reta final. Wanderlei disse que ainda gosta da emoção de lutar, da adrenalina de subir no octógono, que é um vício para ele. Mas o blog apertou o veterano e ele revelou que já tem planos concretos sobre o que fazer depois que parar de lutar: ele pretende entrar para a política.
"Eu estou conversando com alguns partidos, estudando tudo direitinho, mas meu plano é concorrer a deputado estadual do Paraná na próxima eleição [que acontece em 2014]. Político no Brasil tem uma imagem muito ruim, então quero aproveitar meu reconhecimento no esporte para mostrar que posso fazer diferente, posso ajudar mesmo as pessoas. Quero fazer bem feito, junto com uma academia para crianças carentes em Curitiba."
Voltando ao Japão, Wanderlei Silva disse que ficou impressionado em como o MMA cresceu desde o Pride, principalmente em termos de atenção da imprensa. "É incrível o quanto de gente que tem para cobrir o evento. Está muito maior, muito melhor. Quem duvidava que o UFC podia tomar o lugar do Pride, se enganou. Mesmo os fãs estão dando show aqui."
Ele ainda falou sobre o risco de ser demitido do UFC com essa onda de cortes e garante que está tranquilo, mesmo com cinco derrotas em oito lutas no evento. "Eu luto para frente, eu me entrego, busco o nocaute o tempo todo e todo mundo gosta disso. Estou provando, mais do que nunca, que luto porque amo isso, porque é minha vida e tenho muita lenha pra queimar.
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