Direto de Jaraguá do Sul (SC)*

Pela primeira vez Vitor Belfort não deu respostas evasivas sobre o tratamento de reposição de testosterona que ele faz uso desde sua última luta contra Michael Bisping, no UFC São Paulo, em janeiro passado. Ele mais uma vez terá a ajuda médica do hormônio para o combate contra Luke Rockhold, em Jaraguá do Sul, no card do próximo dia 18 de maio.

Ele explicou que faz exames semanais para poder ter acesso ao TRT, que é liberado por alguns comissões atléticas dos Estados Unidos e pela brasileira. "É um tratamento médico meu, tiro sangue toda semana para fazer exames. Eu tenho nível baixo de testosterona, uma deficiência, que os médicos me ajudam a tratar. Eu nunca burlei nada, o UFC sempre soube de tudo que eu fiz, nunca escondi nada."

"É normal esse problema com a minha idade, o que as pessoas não pode é usar substâncias para ganhar de maneira injusta. O TRT me traz o nível dos outros lutadores, de uma pessoa normal. É como a pessoa que tem asma e usa a bombinha. Não faço isso para estar melhor que os outros."

"As pessoas veem isso de uma maneira errada, é um remédio. Todos têm problemas e esse é um meu. Não tenho vergonha de falar que eu me trato. Já tive depressão e usei remédio. O UFC tem buscado ajudar os lutadores e verificam quem precisa ou não disso", completou.

Perguntado pelo blog sobre o que ele acha do TRT – já que o último adversário de Vitor, Michael Bisping, é um dos maiores críticos do tratamento – Luke Rockhold preferiu dar uma resposta política, mas um tanto quanto dura.

"Bom (suspira)… Isso agora faz parte do esporte, sei que tem lutadores mais velhos nesse jogo, que podem precisar. Virou normal. Estou com 28 anos e nunca precisei. Me sinto forte apenas com meus treinos, então não ligo para isso", afirmou.

"Acho apenas que isso precisa ser mais transparente, precisa ser unificado o que pode e o que não pode. Tem que ser igual em todos os lugares", fechou o americano.

*O blogueiro viajou a convite do UFC.